Um decreto de lei que facilitava a liberação de material promocional no Aeroporto de Ezeiza; em Buenos Aires; estava previsto para sair pouco antes do início da FIT. Mas; com a morte do ex-presidente Néstor Kirchner; o país parou e o documento não foi assinado. A falta do decreto dificultou bastante a vida de diversos participantes da feira; que não tiveram sua folheteria liberada; esperaram por horas a fio para conseguir retirar o material ou foram sobretaxados.
“Fiquei de 9h da manhã até 7h da noite na aduana ontem para liberar 80 pacotes com folhetos”; reclama Gerson Teixeira; gerente Comercial e Marketing da JI Administração Hoteleira. Ele conta ainda que foi taxado ao chegar no aeroporto de Ezeiza com quatro caixas em US$ 100 por volume: “Disse a eles que ficassem com o material de brinde por que não iria pagar e me liberaram. Tudo isso é um absurdo; uma falta de respeito e consideração”; desabafa.
Luz Marina; da ITB; que tinha que liberar apenas um banner; foi sobretaxada em US$ 1.200: “Eles alegaram que o embrulho era velho; disse a eles que poderia fazer outro embrulho; mas eles não permitiram”; conta indignada.
Maria Cláudia Evangelista; diretora executiva do Florianópolis CVB; também contou seu caso: “Fiquei de 9h às 19h sendo mandada de um lado para outro. Fui a 28 postos dentro da aduana. Não existe um processo definido; claro. Não importaria se a burocracia fosse grande; mas as regras fossem claras. Nós só queríamos entrar com a mercadoria legalmente no país. O que sentia era que estava sendo enrolada por pessoas sem a mínima vontade de atender”; lamenta.
Sebastian Buffa Urquijo; diretor do Paraty Tours; gostaria de mais apoio da FIT: “Ficamos 15 horas na aduana. A FIT precisa criar condições de fazermos a feira; de trazer material; falta organização”; afirmou.
A equipe do Mercado & Eventos também não teve o material liberado até a noite deste sábado; quando as 12 mil revistas editadas especialmente para a FIT chegaram ao estande; depois de a feira ter começado.