Na noite de ontem (28/05); Antonio Soveral Padeira; diretor de marketing e promoção do Turismo de Portugal; deu dicas de como um país pode utilizar os grandes eventos internacionais que recepciona para promover seus atrativos turísticos. O assunto foi discutido no painel A Imagem dos Destinos Turísiticos e as competições Esportivas do Núcleo do Conhecimento.
Portugual recepcionou a Eurocopa de 2004. “Desde o primeiro momento o ideal de era fazer a melhor Eurocopa de todos os tempos”; disse Padeira. Para atingir o objetivo; o país soltou vídeos na televisão que convocava cada um dos portugueses a fazer parte do evento e incentivando a receber bem os turistas.
Uma frase publicitária foi divulgada pela Europa: Em Portugal a prorrogação é sempre a melhor parte do jogo. “Sempre colocamos os atrativos turísticos de Portugal em primeiro lugar; o evento seria apenas um complemento”; disse ele.
A imprensa também recebeu atenção especial. Cada um dos oito mil jornalista estrangeiros que cobriram o evento receberam tinham uma pessoa que podiam entrar em contato por telefone 24 horas por dia. “Qualquer problema ou informação que precisassem; o profissional usar esse recurso”; ressaltou Padeira.
O resultado; foi que os responsáveis da União das Federações Européias de Futebol (UEFA) declararam após os jogos que aquela foi realmente a melhor Eurocopa de todos os tempos. Na imprensa escrita; o número de matérias veiculadas sobre Portugal nos 11 principais países europeus foi equivalente a 80 mil euros se o país fosse usar o mesmo espaço para publicidade. “Até hoje; seis anos depois; colhemos os frutos da Eurocopa de 2004”; concluíu Padeira.
Após Padeira; o diretor de produtos e destinos da Embratur; Marcelo Pedroso; mostrou aos presentes o que o Brasil prepara para o turismo nos próximos dez anos. Ele falou dos principais pontos do plano Aquarela 2020. “O estrangeiro tem uma ideia do Brasil que veio do século passado; que remete ao país do samba; do futebol e das mulheres com pouca roupa”; disse ele.
Segundo Pedroso; esse não é a realidade brasileira atual. “O país cresceu; se desenvolveu e se profissionalizou. Temos um trabalho agora de construir uma nova marca para o Brasil. E a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são duas grandes oportunidades de mostrar isso ao mundo”; concluíu ele.