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Indignados mas não surpresos com a decisão da Iata de reduzir a comissão dos agentes. Assim o presidente da Abav Nacional; Carlos Alberto Amorim em seu discurso na solenidade oficial de abertura do Congresso; que reuniu mais de 700 agentes de viagens e profissionais do setor no auditório central do Riocentro. “Estamos indignados com a decisão da IATA em relação a medida que reduz a comissão dos agentes. Reconheço que alguns estavam despreparados mas desde 2001 este cenário vem se desenhando”; admitiu.
O dirigente diz que o sentimento de indignação é justo pela forma como a IATA Brasil conduziu as negociações. “Vamos levar o caso ao Conselho de Atividade Econômica para que venha tomar uma posição a respeito”. Lembrou ainda que não foi por coincidencia que a decisão das companhias tenha sido tomada próxima a data do Congresso.
Para Kaká a sobrevivência do agente de viagens está diretamente voltada para o seu relacionamento com o cliente. “É esse personagem que devemos nos relacionar e exigir das empresas aéreas mais respeito ao passageiro. Em nome de uma insana competitividade mundial as empresas aéreas estão desrespeitando os passageiros com cancelamentos e atrasos”
O presidente da Abav lembrou que o governo deveria interferir para exigir ao cliente condições igualitárias na venda de bilhetes. “O consumidor não tem a recorrer em caso de compras na internet”. Para Kaká os 11 mil agentes de viagens no país devem buscar novos caminhos.
“Não sou favorável a boicote mas sim devemos diversificar as vendas oferecendo produtos como cruzeiros; locação; reservas de hotéis e outros que remuneram bem e honram o significado da palavra parceria que muitas empresas aéreas teimam em usar apenas como clichê”. Em seu discurso lembrou aos agentes que devem se informar e aproveitar as discussões nas salas temáticas.
Antes de encerrar sua fala; Amorim lembrou que o mercado está diante de uma nova configuração comercial com a chegada de 30 milhões de novos consumidores. “Este público precisa de orientação de um agente de viagens. Falta ao agente despertar para este mercado e buscar este cliente onde ele estiver”.
Kaká agradeceu o apoio e a parceria do Mtur; Embratur; Sebrae; bem como os governos estadual e municipal em prol do Rio. Destacou ainda os programas do proagencia e as parcerias da Abav com o Mtur. Lamentou que a lei que regulamenta a atividade não tenha sido aprovada no Congresso. “Decidimos não esperar mais e oferecer seguro as agências na cobertura dos serviços prestados”.
Ao encerrar prometeu encaminhar propostas aos futuros governantes. “Até o momento não ouvimos de nenhum dos dois candidatos nenhuma proposta para o nosso setor”. O presidente da Abav finalizou reafirmando o compromisso do agente de viagens com seu cliente com um recado.
“O futuro é agora; saia na frente; se liberte de práticas antigas; seja o melhor no que faz porque ninguém poderá tirar de voce um cliente agradecido por ter realizado uma experiência gratificante; inesquecível a um preço justo”