
Área do autódromo atual seria ocupada por várias construções para as Olimpíadas de 2016
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que a cidade usará as lições de Londres e seguirá o exemplo da capital da britânica para sediar os melhores Jogos Olímpicos da história, apesar das diferenças econômicas entre as duas cidades. “Londres não desperdiçou dinheiro em coisas loucas. Nós faremos o mais simples possível. A maioria das instalações será temporária e só faremos instalações fixas se elas realmente forem usadas no futuro”, afirmou.
A Prefeitura já iniciou a construção do Parque Olímpico da cidade, principal estrutura para os Jogos. O então Autódromo de Jacarepaguá (Nelson Piquet) foi desativado para dar lugar a arenas esportivas de 14 modalidades olímpicas. A construção está a cargo do consórcio Rio Mais, formado pelas empreiteiras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken. Em março deste ano, essas empresas ganharam a licitação da Parceria Público-Privada (PPP) que escolheu os responsáveis pela obra. O consórcio Rio Mais deve investir cerca de R$ 1,35 bilhão no Parque Olímpico.
O governo não pagará todo esse valor às empresas. Ele repassará os direitos sobre o terreno do autódromo por 15 anos para o consórcio. As empresas vão poder explorar comercialmente o local. Poderão, por exemplo, vender prédios que serão erguidos ali após a Olimpíada. Com isso, serão remuneradas pelo investimento.
Para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, esse acordo para a construção do Parque Olímpico é uma das grandes inovações da obra. Com ele, o governo municipal contrata a construção de uma estrutura necessária para a Olimpíada, mas não paga diretamente por elas. “Já estamos fazendo investimentos públicos. No Parque Olímpico, ele será predominantemente privado”, concluiu.