
Linhas de montagem do 747 e do 777 (foto) vão sofrer redução na produção
Na manhã desta sexta-feira (12), o M&E noticiou uma pequena preocupação da Boeing com relação aos seus concorrentes na indústria mundial da aviação comercial. Além da própria Airbus, que cada vez mais vem ganhando o marketshare de aeronaves single-aisle em todos os continentes com a nova família A320neo, Embraer e Comac também colocam suas “asas de fora” e passaram a comercializar aeronaves de alta qualidade, também, para o mercado doméstico norte-americano, como é o caso dos modelos E175 e E195 da fabricante brasileira.
Ao mesmo tempo, a Boeing, como forma de contra-ataque, precisa investir bilhões e bilhões de dólares no desenvolvimento de uma nova aeronave, uma aeronave que esteja a altura do A320neo, principal “pulga atrás da orelha” da fabricante norte-americana. É hora, portanto, de economizar. É por isso que a Boeing está sendo “obrigada” a cortar custos e, consequentemente, demitir funcionários e eliminar postos de trabalho. “Os cortes são necessários porque a Boeing não consegue competir com a Airbus em preços no momento”, afirmou Ray Conner, presidente da Boeing Commercial Airplanes.
Embora o corte seja certo, nenhum detalhe foi esclarecido sobre o processo de demissão dentro da companhia, apesar do porta-voz da fabricante, Doug Alder, afirmar que os primeiros a serem afetados pelo corte serão os executivos, diretores e gerentes. “O impacto geral dependerá exclusivamente de quão efetivo será o corte de custos como um todo”, disse Alder. Experts afirmam que os cortes poderão atingir as instalações de Everett, em Washington, local onde as produções do 747 e 777 serão cortadas como anunciado no último mês.