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Opinião

TAV; uma questão a ser discutida

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A Câmara dos Deputados deverá votar nas próximas semanas a Medida Provisória 511; que dispõe recursos do Tesouro Nacional para o BNDES financiar o Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Rio de Janeiro – São Paulo – Campinas. Por ser uma obra de proporções gigantescas; que envolve muito dinheiro; cerca de R$ 34 bilhões – é também muito controversa.
 
Resgatar a ligação ferroviária entre essas três cidades e todo seu leito; é de fundamental importância.  Os modais rodoviário e aéreo; nesta região; já estão saturados; e por vezes; entram facilmente em colapso. O trem é uma alternativa segura; rápida e de alta capacidade para este eixo. Em todo o mundo; o TAV introduziu um novo padrão de transporte. E nas ligações de até 500 km substituiu; com vantagens; o transporte aéreo e rodoviário; em aspectos como conforto; rapidez; segurança e menor impacto ambiental. 
 
Precisamos avançar com a firmeza necessária; para resgatar o transporte ferroviário de passageiros no Brasil. Os trens de passageiros no Brasil sumiram desde a privatização na década de 90. Hoje são pouco mais de 30 trens operando; muitas vezes precariamente; em todo o continental Brasil.
 
Existem vários questionamentos legítimos quanto a demanda e custo da obra. Primeiro é importante esclarecer que este investimento não é público. O TAV será uma concessão em que os investidores deverão colocar capital próprio e o BNDES entrará com o financiamento de parte do investimento. Ou seja; o empréstimo deverá ser pago pelos concessionários. Precisamos assumir esta bandeira da modernização do transporte em nosso País; através da alternativa ferroviária; sob pena de perdermos; mais uma vez; o bonde da história.

Sávio Neves é presidente da Associação Brasileira de Operadores de Trens Turísticos e deputado federal

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