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Opinião

O turismo, o Nordeste e o desafio de uma nova malha aérea

Na malha aérea intrarregional reside, de há muito, o gargalo a um maior fluxo de pessoas voando não somente para as capitais nordestinas, mas também às cidades-polo de toda a Região. No caso, por iniciativa da presidente da Fundação CTI Nordeste, Danielle Novis, a Região, que já vinha ensejando estudos e reivindicações, buscou o enlace com a Sudene, que na gestão do seu superintendente, Luiz Gonzaga Paes Landim, a acolhida foi imediata porque aquela entidade elegeu o turismo como uma das suas prioridades. Daí nasceu o Seminário Permanente de Estudos sobre a Melhoria da Malha Aérea do Nordeste, uma parceria entre a CTI/NE e a Sudene. Esta conjuminância tem gerado frutos. Um deles, a consciência do problema, haja vista o entrave criado ao desenvolvimento do turismo nordestino.

O segundo, pelos sistemáticos estudos, tendo como consequência o arrolamento de dados relacionados ao tema. Finalmente, as iniciativas criadas à consecução de parcerias potencializadas com as empresas aéreas que operam a malha regional, também com organismos federais, com os bancos sociais, todos objetivando o apoio à concretização dessa melhoria de tráfego aéreo regional.   Os resultados esperados dessa parceria dizem respeito ao desenvolvimento sustentável da Região, levando a um forte incremento da malha aérea regional bem como na indução do turismo. Outro fator diz respeito a  dinamização e interiorização do desenvolvimento da economia da região e alavancagem das oportunidades de investimento e de trabalho. Há que se ater também a questões como a qualificação dos recursos humanos da região. Como entraves, quase todos comuns às demais regiões brasileiras, têm-se poucas opções de horários entre cidades próximas, bem como voos longos (escalas e conexões) preços elevados de passagens e falta de infraestrutura adequada nos aeroportos.

As conseqüências mais imediatas se pode perceber exclusão de cidades economicamente importantes. Há também fatores de inibição do Turismo e do Desenvolvimento Industrial e Comercial. A falta de voos prejudica também a realização de negócios entre cidades economicamente importantes. Por tudo isso aimportância da aviação regional promove a indução ao turismo bem com fomento à indústria nacional (jatos Embraer) e alavancagem das oportunidades de trabalho levando ao crescimento sustentável do Nordeste.

Os custos com combustível e o ICMS cobrado sobre o querosene de aviação são os principais responsáveis pelo aumento do preço das passagens, segundo representantes das empresas aéreas presentes às reuniões do Seminário. Sabe-se que o combustível usado pelas aeronaves representa quase 40% dos custos de cada companhia aérea. A infraestrutura aeroportuária é outro desafio à frente dos que precisam encontrar, entre os organismos responsáveis. medidas eficazes e urgentes.Percebe-se, diante das empresas aéreas, as seguintes expectativas:desoneração tributária (ICMS), linhas de crédito para a aquisição de novas aeronaves, incentivos fiscais, sobretudo os relacionados com a Sudene e acesso a programas de incentivos de desenvolvimento local.

Na última reunião do Seminário Permanente entre a CTI/NE e a Sudene, foram reiterados pontos que dizem respeito ao desenvolvimento sustentável da Região, com base no incremento da malha aérea regional e na indução do turismo bem como n dinamização e interiorização do desenvolvimento da economia da região, alavancagem das oportunidades de investimento e de trabalho e qualificação dos recursos humanos da região. Entre as propostas levantadas, estão a criação de novas linhas entre cidades do Nordeste; a interação das linhas nacionais e internacionais nas capitais dos Estados; a conexão entre todas as linhas e as capitais; e os voos diários das linhas regionais com horários preferencialmente entre 5 e 23h.

Para que essas mudanças possam entrar em prática, será necessária a implantação de um Hub – plataforma que funciona como um centro de operações das companhias aéreas – em uma cidade do Nordeste, de preferência nas proximidades do centro geográfico da Região. As expectativas para a oficialização do projeto são muitas, já que, em uníssono, acredita-se que a evolução é no sentido de obter êxito. A meta é cobrir uma lacuna que representa um gargalo dos mais preocupantes. Com mais horários de voos e melhores preços, a previsão é de crescimento do setor de Turismo dos Estados nordestinos que passarão a receber mais visitantes dos Estados vizinhos, incluindo as cidades mais distantes da capital. Esta a esperança-certeza de todos quantos lutam, no Nordeste, o bom combate do turismo.

Roberto Pereira é secretário executivo da Fundação comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI-Ne)

Roberto Pereira

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