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Opinião

Mãos à obra

Estamos já na virada do ano e preocupa o andamento de alguns projetos e programas do setor considerados prioridade. Ainda que se leve em consideração o fato de que este foi um ano de mudanças de nomes, cargos e entidades, nas esferas federal e estaduais é importante não interromper o ritmo acelerado de crescimento do setor. E para isso é fundamental que o poder público junto com a iniciativa privada dêem continuidade a muitos destes programas, com os ajustes que se julguem necessários.

Temos agora neste mês o lançamento de mais uma etapa do Plano Nacional de Turismo, para o período 2011 e 2014 com metas a serem alcançadas. Inicialmente previsto para ser apresentado em abril, acabou sendo postergado para julho. Da mesma forma que muitos recursos aguardam em compasso de espera. É o caso das verbas destinadas à promoção dos estados pela Embratur e Ministério do Turismo, da mesma forma que a Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes de Turismo das Capitais e Destinos Indutores (Anseditur) aguarda a liberação de R$ 4 milhões do seu programa de marketing num projeto assinado pelo ex-ministro do Turismo, Luiz Barretto, antes do término do seu mandato. Até hoje a verba não saiu comprometendo a programação de promoção das 12 cidades sede da Copa.

Outros projetos elaborados na gestão passada também aguardam em compasso de espera. É o caso do programa de incentivo para a aviação regional elaborado pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar) e entregue ao ministro Nélson Jobim durante o governo Lula. O projeto aguarda que a nova Secretaria Nacional de Aviação Civil analise as reivindicações e prioridades para se pronunciar a respeito. É notório a importância da aviação regional como fator de incentivo para o turismo doméstico, além dos benefícios para a população de cidades de fronteira que não são servidas pelas grandes empresas aéreas nacionais.

Da aviação para os investimentos nos portos e na hotelaria, segmentos também de vital importância para o setor. O governo também deve se preocupar com a capacitação e qualificação da mão de obra. Os programas atuais, como o Bem Receber Copa, são positivos, mas insuficientes. Da mesma forma que os programas Vai Brasil e Viaja Mais Melhor Idade depois de avanços consideráveis dão a impressão de estarem no limbo.

A implementação da Lei Geral do Turismo não anda em função da falta de um programa de fiscalização. Os estados alegam que não têm gente qualificada para dar andamento ao programa e com isso o projeto jaz em berço esplendido. É preciso que o Ministério do Turismo junto com o Conselho Nacional de Turismo façam a sua parte e com a urgência que o país necessita. Afinal de contas, o Brasil terá um leque de oportunidades com os mega eventos esportivos. Mas é preciso aproveitá-las, caso contrário o tão esperado legado que o país pode receber com estes eventos e o sonho de colocar o país num patamar elevado no cenário mundial serão apenas um sonho distante.

Roy Taylor é jornalista, publicitário e vice-presidente executivo da Folha do Turismo e Mercado & Eventos

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