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Opinião

Mais ​ganhos do que perdas

Durante a abertura da Abav Expo 2015, o presidente da entidade, Antonio Azevedo afirmou que o modelo da feira não está esgotado. Ele tem toda a razão. Este tipo de evento acontece – e com sucesso – em mercados muito mais maduros que o nosso. As feiras continuarão existindo e não deixarão de ser facilitadores para o aumento dos negócios, capacitação e networking. O que faltou dizer, no entanto, que não apenas o Turismo, mas o mundo está vivendo uma grande transformação.

A velocidade das informações, smartphones, aplicativos, e tudo que a tecnologia acrescenta ao nosso dia-a-dia, mudou a forma do mundo se comunicar e fazer negócios. Comunicar e fazer negócios é justamente o propósito de uma feira. Falta, então, tecnologia? Não exatamente. Faltam ferramentas que deixem o evento mais objetivo e dinâmico.

Não podemos acusar a Abav de não ter tentado acompanhar essas transformações. O fato é que o mundo tem mudado mais rápido do que a capacidade de algumas empresas, entidades e executivos têm de mudar. Isso é ruim? Se esses players estiverem trabalhando para ir atrás dessas mudanças, não. O que é inaceitável é ficar parado. E a Abav não ficou. O que merece elogios.

O que também não podemos fazer é deixar de apontar o que não deu certo. Agentes reclamaram da “falta de  mais  caravanas”. Expositores se queixaram da falta de público e decision makers no sábado, último dia do evento. Expositores estrangeiros não entendem a falta de um sistema para o agendamento de reuniões. O caso da falta de ar-condicionado não deve ser colocado na conta da entidade.

Por mais que se critique uma feira como a Abav, é inegável que o mercado precisa dela. E um evento deste tamanho não tem como ser perfeito, até por tudo que ele envolve. Sabemos que o B2B gerado pelo evento resulta em fechamento de grandes negócios. As conversas nos corredores geram grandes ideias e os produtos apresentados são oportunidades para os milhares de agentes de viagens que visitaram o evento.

O mercado não pede mudanças radicais, mas que a Abav não deixe de olhar as inovações das grandes feiras do mundo todo, sem esquecer das particularidades do nosso país. Em um momento de crise, o que se viu foi um mercado reunido em busca de oportunidades e saídas. O turismo sai, mais uma vez, fortalecido, embora os seus executivos não tenham perdido o velho hábito de reclamar.

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