Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.
Portal Brasileiro do Turismo

Opinião

Leia o artigo de Bayard Boiteux sobre Turismo cultural

A cidade do Rio de Janeiro foi durante muito tempo entendida, como um produto baseado nas praias e na natureza.A promoção foi durante décadas calcada em tais atrativos e no carnaval.Houve,então,necessidade de mudar a percepção do produto nos mercados emissores,como forma de introduzir a famosa experiência cultural, nas viagens.E assim, sem estarem devidamente preparados, atrativos culturais começaram a ser introduzidos nos roteiros e nas campanhas publicitárias.

De cidade do Carnaval, o Rio foi alçado à cidade da música, onde o chorinho, o funk, a musica clássica e o jazz entraram na comercialização da cidade.Sem esquecer o Carnaval, que é ao lado do Reveillon, o maior evento brasileiro, os stands nas feiras internacionais tiveram apresentações de chorinho, de sopranos e o Teatro Municipal passou a ser referência em algumas campanhas publicitárias.Desta forma,    estávamos conhecendo uma cidade abençoada pelo Cristo e com vistas paradisíacas do Pão de Açúcar, que também é repleta de centros culturais, museus, templos religiosas ou simplesmente marcada por seu maior promotor, o carioca, que contagia o mundo, com sua alegria, otimismo e afeto.

Viver o Rio é viver a Lapa, centro da diversidade carioca, onde diversas tribos se encontram e vivem em harmonia as suas manifestações ou ate a forma de entender as mesmas.A riqueza efetiva do turismo está no encontro do turista com o modus vivendi local e sempre tendo como premissa, o código de Ética Mundial do Turismo da OMT vislumbra as atitudes que devem ser levadas em consideração tanto nos prestadores de serviços, como no turista e nos anfitriões.

Entender o Rio é ir a praia nos postos frequentados pela população, trocar olhares e telefones nas praias, enfim saborear uma feijoada com caipirinha, andar de havaiana e ter uma paixão eterna e um sorriso pleno, motivados pela alegria que invade nossos corações. Acredito que turismo cultural é antes de tudo o viver uma cidade, como seus moradores, conversar nas ruas e perceber que somos únicos no afeto com desconhecidos e que nossa vontade de ajudar é algo marcante.Sim, somos solidários com a humanidade.

Sinto, no entanto que os setores Turismo e Cultura pouca se falam ou se relacionam.Temos pequenos exemplos pontuais de integração mas falta o entendimento de que gestores culturais precisam conhecer o universo dos prestadores de serviços turísticos e vice-versa.A cidade seria muito mais cobiçada se a interação se desse, por meio de ações ou mesmo políticas públicas que a fomentassem.Cultura é o diferencial do produto turístico em suas diversas manifestações, como a gastronomia, a arte, a história, o contexto antropológico e pressupõe uma estrutura sistematizada.

Vejo, por exemplo, pouco esforço efetivo dos diversos templos religiosos em se adequar às visitações turísticas uma industria de suvenires, material promocional, pessoal capacitado e sobretudo gestão turística. São algumas considerações, que esperam possam fomentar uma discussão mais profícua e gerar produtos efetivos para a busca da integração…

Bayard Do Coutto Boiteux é coordenador do curso de Turismo da UniverCidade e presidente do Site Consultoria em Turismo.

Receba nossas newsletters
[mc4wp_form id="4031"]