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Amauri Morais, diretor de Vendas da Litoral Verde, escreveu um artigo sobre o uso do crowdsourcing no Turismo, para aumentar vendas, desenvolver novos modelos de negócios, entre outros benefícios. Confira o conteúdo:
Como aplicar o crowdsourcing no Turismo e hotelaria
O crowdsourcing é um novo modelo de soluções de problemas e sugestões de ideias com a participação de diferentes pessoas, de diferentes lugares, que contribuem para o seu negócio. Grandes corporações já utilizaram e continuam utilizando o modelo para inovar, aumentar seu volume de vendas, desenvolver seu modelo de negócio e mais inúmeras oportunidades. O Linux, Wikipedia, istockphoto, camisetaria são algumas delas.
Empresas estão utilizando também para fidelizar o cliente, pois ao participar deste modelo, o participante cria um importante vínculo com a empresa e sente-se como um importante colaborador. Engajamento é a palavra chave, as marcas estão buscando se vincular cada vez mais aos seus clientes, esta palavra está na moda.
Um exemplo de sucesso do uso do crowdsourcing foi desenvolvido pela Ruffles, ao convidar os consumidores a inventar e selecionar novos sabores das batatas. A Dell colocou um site no ar para receber críticas, para que falassem mal, falassem bem dos seus produtos, enfim, o que quisessem, dar ideias. É o www.ideastorm.com. Aí a Dell filtra as mais relevantes para inovar, melhorar, aperfeiçoar seus produtos. A Starbuck fez de forma offline, ou seja, nas próprias lojas o consumidor sugere novos sabores, sugere tipos de músicas, entre outras coisas.
O Facebook utilizou o modelo crowdsourcing para traduzir o site, através do cadastre-se fez um joguinho. Em dois dias os colaboradores traduziram o conteúdo do site para centenas de idiomas. O Google é 100% crowdsourcing, ele utiliza a inteligência online pois “guarda” e reporta tudo o que é digitado. Por exemplo, se você faz uma busca sobre Tokio, a resposta que vai obter será diferente da que um internauta que mora no Japão vai receber, pois toda pesquisa se baseia no que os internautas passaram para o google.
No Brasil, temos os sites www.catarse.com.br, que publica projetos e seleciona os melhores após a contribuição das pessoas; O www.vaquinha.com.br para presentes, brindes, etc.; o site www.queremos.com.br, onde a comunidade define a banda de músicos que quer ver tocar; o www.cidadedemocratica.com.br, que oferece soluções para melhoria das cidades; e o www.ajudeumreporter.com.br, que divulgam um problema e as pessoas colaboram.
E então? Como utilizar para o setor de hotelaria e Turismo? Com base em ideias para novos produtos, novos destinos, pacotes promocionais, promoções de sazonalidades; Com base em mão de obra de especialistas, tipo para mudança de imagem, site, material promocional, slogan; Para tematizar suítes, aptos, brinquedos para o kidsclub.
A Tecnisa (www.tecnisa.com.br) utilizou como ideia: lançou “o que você quer numa construção além do tradicionalmente oferecido?”. Muitos responderam porque não “embelezar” o estacionamento, que é sempre escuro e feio. Com base nisso, a Tecnisa vai tornar o estacionamento mais bonito, com plantas, mais colorido, mais iluminado.
Agora, para que o crowdsourcing funcione, é ideal que a participação seja de um grande número de pessoas, não vai funcionar com apenas 500 pessoas! E também não confundir em fazer somente perguntas, têm que ter várias linhas de pensamento, e é importante definir tarefas, dar feedback constante aos participantes, ter um fórum, regras claras e contar com um moderador.
E como motivar as pessoas a colaborar? Definir um prêmio, em valores ou em produtos; Reconhecer (motivo de contribuir); e investir em relacionamento (manter os colabores para novas participações, criar comunidade).
Como saber se o resultado é ideal? Com moderação, ou seja, tem que ter um moderador para avaliar cliente, empresa, comunidade. Na definição de Michael Useem, “Comunidade certa, com os incentivos adequados, é capaz de inventar, escrever e conduzir iniciativas de pesquisa e negócios com maior eficácia e custos mais baixos que os da empresa tradicional”.
E, finalmente, vejam o site do New York Times para o crowdsourcing: www.beta620.nytimes.com.
Um abraço e até o próximo artigo,
Amauri Morais
amauri@amaurimorais.com