Reconhecemos diversas inovações propostas pelo Governo Federal na gestão do turismo desde 2003. Muitos passos foram dados para melhorar a qualidade e competitividade dos destinos turísticos; mas cremos que um dos grandes exemplos disso esteja associado ao apoio à comercialização.
Infelizmente; a literatura sobre o segmento de turismo ainda é limitada; e nos levantamentos que fizemos; não encontramos grandes referencias ao tema. A definição dada pelo Plano Nacional do Turismo para o tema é a seguinte: “Apoio à comercialização é incentivar projetos e soluções criativas; em conjunto com a cadeia produtiva do segmento turístico; que busquem a redução de preços com qualidade para o público final; com destaque a novos consumidores dos grupos de jovens; trabalhadores e idosos.”
Desde 2005; na realização da 1ª edição do Salão do Turismo – Roteiros do Brasil um dos exemplos práticos para a aplicação deste conceito foi a realização do módulo da Rodada de Negócios no evento; em parceria com o SEBRAE. A prática já era comum em outros segmentos e propusemos realizá-la com profissionalismo no setor de turismo. Naquele ano; foram 459 empresários e cerca de 2 mil encontros proporcionados. A avaliação de satisfação dos participantes superou as expectativas.
De lá para cá; aprendemos muito com a realização dos encontros. Tivemos adaptações para ações próprias dos Estados e regiões e outras três edições nacionais nos salões seguintes. Em cada uma delas uma nova leva de produtos e fornecedores eram descobertos pelos operadores de turismo; interessados em novidades; e também para gestores públicos que percebiam indiretamente a evolução da capacidade empresarial em apresentar e promover destinos e produtos turísticos.
Em 2009 não foi diferente. Na 4ª edição do Salão do Turismo tivemos 326 empresários (280 fornecedores entre receptivos e meios de hospedagem e 46 operadores). Pela análise dos participantes; 79;2 % teriam interesse em participar de futuras rodadas e mantivemos a expectativa de continuidade do módulo do Salão com o mesmo êxito dos anos anteriores.
No entanto; como inovação é nosso lema; optamos por ajustar o formato em 2010 levando em consideração muitos aspectos. Os principais deles: o tempo entre a realização dos dois eventos (um ano) era curto demais para os territórios apresentarem grandes novidades; e era tempo de reforçar as estratégias de promoção de projetos que visam ao desenvolvimento/aprimoramento de produtos turísticos.
Foi assim que surgiu a ideia de um encontro com novo formato; onde projetos específicos; no caso: Economia da Experiência; Rede de Cooperação Técnica para a Roteirização; Aventura Segura e Viaja Mais Melhor Idade; pudessem servir de referência na promoção e comercialização de seus produtos aos operadores com a participação de gestores públicos e empresários (outra novidade).
Sem dúvida estamos assumindo um risco de mudar de formato em algo que vem sendo continuamente bem avaliado. Mas; pensamos que sem arriscar não saímos do lugar. Acreditamos que ao reforçar as estratégias de promoção de projetos que serviram de base para o trabalho de estruturação de produtos e roteiros; estamos dando exemplo aos destinos de como ter uma política efetiva de destinos turísticos. Além disso; desta forma mostramos aos operadores o resultado dos esforços de cada território na renovação de seus produtos.
Um exemplo prático disso é a região da Uva e Vinho na serra do Rio Grande do Sul. Sem dúvida estamos falando de um destino que é reconhecido no mercado doméstico; mas vê-lo na perspectiva do projeto Economia da Experiência é perceber que o mesmo destino pode oferecer novidades a segmentos específicos de demanda. As inovações dos receptivos locais; meios de hospedagem; atrativos e restaurantes da região; mostram um novo produto para a lua de mel; o enoturismo; o turismo da terceira idade; dentre outros. Isso é inovação. É isso que queremos mostrar.
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