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Opinião

Desenvolvimento Sustentável: bom negócio para pequenas empresas

Em junho de 1992, o mundo se reunia no Rio de Janeiro para discutir seu próprio futuro na Eco 92. Nessas duas décadas, acordamos para uma nova realidade: os recursos de que dispomos não são ilimitados. É fundamental administrá-los bem para atender às necessidades humanas.

A discussão – que inicialmente se limitava às questões ambientais – hoje abrange, necessariamente, as formas de produção e de consumo. Ingressamos, assim, na era da economia verde, em que o desenvolvimento sustentável deve ser entendido a partir de três eixos: o econômico, o social e o ambiental.

Em junho deste ano, o Brasil sediou a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Fio condutor das discussões dos líderes mundiais que se reuniram novamente no Rio, esse tema está intrinsecamente ligado ao crescimento econômico, emprego, renda e combate à miséria.

No Brasil, o segmento das micro e pequenas empresas é o maior gerador de empregos formais. As 6,5 milhões de empresas de micro e pequeno porte são responsáveis por 53% do emprego e respondem por mais de 99% dos CNPJs do país. Por isso, o tema da sustentabilidade passa, obrigatoriamente, pelos pequenos negócios. E passa também pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que há 40 anos tem como missão promover o empreendedorismo, a competitividade e o desenvolvimento sustentável dessas empresas.
 
Para o Sebrae, a Rio+20 representou um universo de oportunidades para as micro e pequenas empresas. Sabemos que podemos avançar muito na melhoria da gestão dos pequenos negócios, abrindo novas oportunidades para produtos e serviços identificados com uma produção mais limpa e ecoeficiente.  O mercado já dá sinais de que os consumidores identificam esses produtos. E quando o mercado exige, a empresa se adapta muito mais rapidamente.

Hoje, para ser competitiva tanto no mercado interno como externo, a empresa tem que se antecipar em relação a questões diretamente ligadas à sustentabilidade. E competitividade está no DNA do Sebrae. Não é preciso grandes investimentos para implementar medidas que, apesar de simples, agregam um diferencial importante na ferrenha competição do mercado.

A maioria dos pequenos negócios já adota práticas sustentáveis. Quase 70% fazem coleta seletiva de lixo e cerca de 80% controlam o consumo de água e energia. A substituição de eletricidade por gás e um melhor aproveitamento da energia eólica para ventilação resultaram em uma economia de 20% na conta de luz de uma lavanderia de Rondonópolis, Mato Grosso. Se multiplicarmos essa economia por cinco ou seis milhões de empresas, estaremos falando da produção de energia de uma usina de grande porte.

É nessa capacidade de inovação que nós enxergamos um planeta de oportunidades. Estamos disponíveis para a subsidiar mudanças que fomentem sustentabilidade a longo prazo nos pequenos negócios. Como parceiro oficial da Rio+20, o Sebrae reafirmou o compromisso com essa agenda. Porque desenvolvimento sustentável é bom negócio para a micro e pequena empresa.

Luiz Barretto é presidente do Sebrae Nacional

Luiz Barretto

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