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Portal Brasileiro do Turismo

Opinião

Cabeça política; corpo técnico

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A reserva do Ministério do Turismo para o PMDB; na figura do deputado federal maranhense Pedro Novais; foi compreendida pelos empresários do setor como parte de uma série de acordos políticos; uma movimentação comum neste momento para a composição de diversos cargos importantes para o próximo governo. O processo é concomitante à formação dos secretariados estaduais; em uma situação semelhante no caso de alguns governadores eleitos ou reeleitos em campanha junto a Dilma Rousseff.

Uma colaboração que o empresariado pode dar; seguindo a mesma inspiração democrática e atuante que nos caracterizou nos últimos tempos; é manifestar nossa opinião aos entes políticos e delinearmos um perfil técnico mínimo que deve compor o corpo de funcionários das próximas gestões do Ministério do Turismo e da Embratur.

Os diretores e demais colaboradores devem ter conhecimento específico da  futura área de atuação; além de representar votos no Congresso; dado que estão respaldados em uma base de apoio político. Cabe ao patronato fazer suas consultas junto a deputados e senadores que estarão na próxima legislatura; para que os nomes possam naturalmente surgir; a fim de que o melhor para o turismo seja alcançado.

Percebemos que o nosso Ministério é; muitas vezes; encarado como sendo de segunda linha pelos partidos; mas com uma importância crescente; bem maior que no passado. O setor é o quinto em geração de divisas para o país; e cresceu 11% em relação ao ano de 2009. E qual deve ser a postura do empresariado perante essa percepção por parte dos políticos?

É certo que com a pulverização do trade turístico em inúmeras entidades patronais; representando as várias especificidades do setor; a possibilidade de sermos ouvidos ou participarmos com algumas sugestões de perfis é bem tênue. Outras atividades econômicas; por terem participantes focados em uma mesma vertente de atuação; consolidam melhor suas demandas – além de históricos laços de relacionamento partidário; que garantem acesso e interlocução privilegiada.

Independente do apoio e aporte no financiamento nas campanhas de muitos empresários da nossa atividade; não há um posicionamento uníssono e coordenado que possa ser entendido como uma colaboração de toda a cadeia produtiva do turismo. Entretanto; gostaríamos que fosse dada certa atenção a um documento referencial que entregamos a então futura presidente; com demandas e sugestões de entidades do Conselho Nacional do Turismo; coordenado pelo Ministério do Turismo; para o período 2011/2014.

Com certeza nossa área crescerá ainda mais de importância no PIB. Já somos o 13º setor que mais contribui com a economia do país e nossa relevância só tende a aumentar com os investimentos internos e de origem estrangeira; sendo percebida como vital para o lazer de uma classe média que consome cada vez mais. O turismo setorial; com atrações direcionadas para públicos específicos; é outro fator que contribui. Muitos governos estaduais tomaram consciência disto – vários deles de estados com forte vocação turística.

O universo de empresas que atuam no turismo replica as mesmas contradições e interesses de outros campos econômicos. Porém; conseguimos construir; por inspiração do trabalho do Ministério do Turismo nos oito anos de Governo Lula; um modelo de participação eficiente e muito válido. Modelo este que deve e precisa ser preservado.

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