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Opinião

Assim como no futebol

Pouco antes do título brasileiro do Corinthians ser concretizado, uma das patrocinadoras do clube disseminou nas redes sociais um vídeo cujo título era: “Quem sua não chora”. Ele mostrava que enquanto os adversários esperneavam sobre uma suposta ajuda dos árbitros ao time paulista, os jogadores corinthianos trabalhavam e focavam no seu objetivo. No final, eles comemoraram, enquanto os concorrentes continuaram chorando.

Vamos trazer esta realidade para o Turismo. Enquanto algumas poucas agências tentam inovar e fazer da tecnologia uma aliada, a grande maioria opta por continuar chorando e reclamando dos clientes que a internet tirou deles. O espaço para quem prefere reclamar a trabalhar é cada vez menor e 2015 nos prova isso. Com o mercado aquecido, há vendas para todos, mas quando a economia começa a se retrair, o cliente fica mais exigente e escolhe aquele que presta o melhor serviço a um preço justo.

As turbulências econômicas e políticas tiveram um efeito desastroso no Turismo e as feridas deverão continuar abertas em 2016. O dólar, que no início do ano, embarcou em uma montanha russa, parece agora ter pegado carona em um foguete e as consequências de um câmbio nas alturas, aliados a problemas de gestão e uma falta de profissionalismo que ainda persiste no nosso mercado, fez com que empresas importantes desaparecessem. Mais do que isso, as vendas – segundo agentes e operadores – continuam em queda livre e, somente no primeiro semestre o número de empregos no setor de operação e agenciamento de viagens caiu 7,3%, segundo levantamento do Ipeturis.

O ano está chegando ao final, mas a agonia do Turismo – e do varejo em geral – não deve cessar tão cedo. As projeções dos economistas para 2016 não são otimistas e uma volta ao crescimento não deve ocorrer tão cedo. A boa notícia é que o setor não está parado, inovações e discussões buscam apontar caminhos e tendências para o próximo ano, que será – segundo a palavra da moda – “desafiador”.

Nos últimos meses de 2015, Braztoa, Abracorp e Aviesp reuniram associados para avaliar o ano e repensar o futuro. Futuro este, incerto devido aos percalços da nossa economia. Aquele antigo ditado: “entre mortos e feridos, salvaram-se todos” não serve mais. Quem não se profissionalizar, descruzar os braços e, efetivamente buscar soluções, não se salvará, continuará chorando e vendo as OTA’s ficar com uma fatia cada vez maior das vendas.​

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