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Opinião

​Projeção e expectativa

Não há como afirmar que o ano foi bom economicamente para o mercado de turismo em 2014. As queixas se multiplicaram e os números de crescimento – em algumas empresas –  acompanham o desenvolvimento do país que, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), terá um crescimento do PIB de apenas 0,3%. Bom, se pensarmos que o Turismo cresce três vez o PIB nacional a preocupação deve continuar para o próximo ano. A projeção do a dólar a R$ 2,70, com inflação e taxa de juros (Selic) também em alta – resulta numa previsão de crescimento do PIB em 2015 de 0,8%. O Ministério do Planejamento prevê crescimento de 2% do PIB em 2016 e de 2,3% em 2017. Resultado preocupante. Isso faz parte da transição política, do desaquecimento da economia, da falta de ritmo de crescimento da demanda no ambiente doméstico, das oscilações da cotação do petróleo e, principalmente da falta de confiança do empresário em investir numa economia instável e descrente.

Porém, na contramão do crescimento, a intenção de viagem  – dependendo do consumo doméstico – os principais destinos do país estarão mais movimentados no período da alta temporada. Segundo pesquisa do Ministério do Turismo (MTur), cerca de 34,2% dos entrevistados manifestou intenção de viajar nos próximos seis meses. O dado – de novembro –  é o maior registrado ao longo de 2014 e supera o percentual referente ao mesmo período do ano passado, de 32,1%. Na pesquisa, a região Nordeste continua sendo a mais procurada pelos viajantes (46%), seguida das cidades do Sudeste (25,8%), do Sul (17,5%), Norte (7,8%) e Centro-Oeste (2,9%).  Além disso, mais da metade (54,1%) desses turistas preferem se deslocar a esses destinos de avião, enquanto 28,1% optam pelo automóvel e 14,7% de ônibus.

As projeções de companhias aéreas, hotéis, locadoras, operadores e destinos é cautelosa para 2015. Mas, mesmo assim, ainda é positiva se comparada a estagnação do crescimento da economia do turismo em todos os elos da cadeia produtiva em 2014. Nessa expectativa, com um crescimento menos que 1%, as projeções devem manter o mesmo crescimento operacional e de receita, que graças ao dólar rebateu e baixa demanda de passageiros e ajudou muitos player a “empatar” economicamente no final das contas.Há especulação de crescimento, mas as expectativas ainda estão depositadas no nome para o comando da pasta do Turismo no próximo ano. Vamos esperar, agora, é trabalhar área vencer a temporada e inicial com o pé direito 2015. Quem venha o Natal, o Réveillon, e as férias de janeiro.

­­­­­­Luciano Palumbo é jornalista e editor-executivo do M&E e Folha do Turismo. Possui especialização em Economia e Planejamento Estratégico.

Luciano Palumbo

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