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Opinião

​Placar final: 0 x 0

Welcome to Brazil! Cheguei de Las Vegas, após cobertura do Pow Wow, um dia antes do início da Copa das Confederações! Diversos torcedores no avião. Ao chegar ao Rio de Janeiro, no Aeroporto do Galeão, uma sequência de fatos incríveis e, infelizmente, inesquecíveis.

Após o pouso, o piloto informa: o aeroporto está muito movimentado, temos que esperar vagar um gate…. Quarenta minutos depois… Paramos. O piloto então informa: vocês vão desembarcar na pista, mas não tem nenhuma escada disponível, terão que aguardar… Passados 30 minutos o piloto informa: a escada chegou, mas só temos um ônibus, então sentem porque o desembarque será feito por classe e fileiras.

Começava ali o tal teste para a Copa de 2014 e uma certeza: o Brasil ainda tem muito que avançar em termos de infraestrurura turística. Daqui até o dia 12 de junho do próximo ano, quando a bolar rolar pela primeira vez no Campeonato Mundial, há um longo caminho a ser percorrido. Como o próprio presidente da Embratur, Flávio Dino, admitiu, “trata-se de uma chance inédita na história do Brasil de projeção de seus atributos no mundo”.

A pergunta que fica é se os atributos de nosso país vão se sobrepor aos problemas muitas vezes encontrados pelos turistas. Certamente os demais passageiros que estavam naquele voo – muitos torcedores internacionais (muitos mexicanos, por exemplo) – não voltarão para seus países de origem com a melhor impressão. A preocupação existe também no setor hoteleiro. Flávio Dino encaminhou à Secretaria de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça os casos de aumentos abusivos em tarifas hoteleiras para a Copa das Confederações.

E ainda no setor hoteleiro, chama a atenção a ocupação “morna”, como define a própria ABIH-RJ, nos empreendimentos. Para tentar reverter o quadro, a entidade iniciou uma campanha junto aos empresários do ramo para a concessão de descontos nas tarifas. Acredita-se que tanto a Copa das Confederações quanto a Jornada Mundial da Juventude, esta última tem início no dia 23 de julho – por trazem grande aglomeração ao Rio de Janeiro – afastaram o mercado corporativo e o público de lazer das férias de julho.

Soma-se a tudo isso as manifestações que se espalharam pelo país em prol de diversas causas, tendo como estopim o aumento das passagens de ônibus. No exterior, governos alertam para que os turistas adiem viagens ao Brasil. Aqui, o trade debate quais serão as conseqüências dos protestos na imagem do país.

Com tantos sobressaltos fora dos gramados, o placar final do primeiro grande evento esportivo sediado no Brasil ficou mesmo empatado. Não perdemos, nem ganhamos. Lindas imagens do público nos estádios, torcedores ávidos pelo futebol de qualidade, hino nacional cantado mesmo quando a melodia terminava. De outro lado, os antigos entraves e uma nação que “acordou” e decidiu lutar pelos seus direitos. Nos resta agora torcer para que na Copa do Mundo e nas Olimpíadas esse placar seja mais favorável e que o teste chamado Copa das Confederações sirva mesmo de lição.

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