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Portal Brasileiro do Turismo

Opinião

​O papel dos Conventions

Quando se fala na proliferação dos Conventions & Visitors Bureaux no país é preciso lembrar que no exterior essa prática é diferenciada. O modelo dominante no mundo, seja na Europa ou nos Estados Unidos, ele busca oferecer ao usuário um serviço complexo de informação e apoio. Mas a capitalização destas entidades vêm de uma taxa obrigatória e isso contribui para o fortalecimento dos conventions. Em algumas cidades são vários setores inseridos nesta contribuição. Isso permite um leque de atuação dos Conventions bem mais amplo. No caso do Brasil essa contribuição é opcional e isso nem sempre gera recursos suficientes.

O surgimento de conventions pelo país tem sido uma constante. Na minha opinião, existem alguns pré-requisitos que são fundamentais neste processo de criação dos mesmos. A primeira delas diz respeito a capacidade instalada dos meios de hospedagem. Lembro que não adianta a cidade ter a intenção de criar seu convention se não tem uma infraestrutura principalmente no que se refere a espaços para realização de eventos e também uma oferta hoteleira suficiente para atender a realização de congressos e eventos. Não bastam apenas boas ideias se não existem esses pré-requisisitos. É importante também que haja uma mentalidade por parte da iniciativa privada em relação aos resultados do trabalho realizado pelos conventions. Se não houver uma conscientização fica difícil ter a adesão dos hoteleiros.

O Rio Convention e o São Paulo Convention foram os primeiros a surgirem no país. Creio que no Rio de Janeiro ao longo destas três décadas o RCVB trouxe um calendário de eventos que colocou a cidade em evidência por meio da captação de congressos e eventos. Houve também uma produção constante e ininterrupta desse trabalho, por meio de material adequado e presença seja nas feiras e grandes eventos  promocionais exclusivos do Rio de Janeiro no exterior. Realizamos eventos em Las Vegas, Chicago, Paris, Barcelona, Chile, Santiago, Buenos Aires, entre outros. Em alguns casos por meio de ações em parceria com as secretarias de turismo.

Essa preocupação com a divulgação da imagem tem sido uma constante. Isso aconteceu na Copa do Mundo tanto na Alemanha, como na África do Sul, bem como nas Olimpíadas em Londres. Creio que temos avançado. Existem desafios, sendo a principal delas a malha aérea. Há também uma preocupação com os espaços para eventos. Houve avanços e modernizações mas ainda falta um centro de convenções na Zona Sul do Rio de Janeiro. Já em relação a questão aérea creio que a concentração de voos é muito grande ainda em São Paulo. O próprio Galeão não está a altura de uma cidade do porte do Rio de Janeiro. É uma obra defasada e que não atende a uma cidade do porte do Rio que é o principal portão de entrada do turismo internacional. Precisamos avançar também nesta questão da mobilidade urbana e ter um aeroporto de porte internacional comparado aos melhores do mundo.

Paulo Senise é diretor executivo do Rio Convention & Visitors Bureau

Paulo Senise

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