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Opinião

​De volta ao Brasil

O ano começa com uma grata novidade. Em meio a crises, incertezas e poucos negócios, a verdadeira “invasão pacífica” por parte de milhares de turistas estrangeiros revela que o país voltou a entrar no mapa do turismo internacional. Alguns fatores contribuíram para isso. A começar pela valorização do dólar e do euro frente ao real, que torna os serviços turísticos bem mais atraentes para os “gringos”. Um outro fator também colabora para que o Brasil volte a ser procurado: a ameaça de atentados terroristas tanto nos Estados Unidos como na Europa. Não bastasse isso, o clima tropical torna o país bem mais atraente para norte-americanos e europeus, que enfrentam dias mais gelados de inverno.

A promoção do Brasil, que sediou no ano passado a Copa do Mundo, e em agosto recebe os Jogos Olímpicos, também colocou o país na vitrine. Com maior visibilidade, o Governo e o setor privado comemoram os primeiros resultados. A hotelaria do Rio registrou a maior taxa de ocupação dos últimos anos, durante o último Réveillon, atingindo a marca de 83%, sendo que nos hotéis cinco estrelas os números foram ainda mais expressivos, atingindo a marca dos 90%. Nos resorts do Nordeste o volume de estrangeiros já supera 30%, fato que não se repetia há muito.

Nunca é demais lembrar que a partir de julho o país espera mais de 650 mil turistas. O Governo acaba de aprovar o projeto de flexibilização dos vistos. Dilma Rousseff sancionou o projeto de Lei 149/15, que estabelece que os ministérios do Turismo, da Justiça e das Relações Exteriores poderão definir, por meio de portaria conjunta, a isenção excepcional e unilateral de vistos de países com forte tradição olímpica, que já realizaram jogos e que não oferecem riscos migratórios e ameaça à segurança nacional durante o período das Olimpíadas. A medida pode resultar em um incremento de 20% no número de turistas internacionais esperados no país no período de janeiro até setembro de 2016, segundo estimativas do Ministério do Turismo.

Em meio a toda essa movimentação há que se destacar a importância por parte das nossas autoridades no que diz respeito à melhoria na qualidade do padrão de atendimento aos nossos visitantes. Já neste início de ano foram inúmeras as queixas relativas ao atendimento aos turistas em rodoviárias, no porto do Rio e em locais de fronteira. No sul, a espera para passar pela alfândega chegava a durar quatro horas, em longas filas. Agora no Carnaval a tendência é que os problemas de mobilidade urbana venham a se agravar ainda mais.

Os passageiros que desembarcam no Pier Mauá também enfrentam uma situação de caos e desconforto gerando uma imagem das mais negativas. Nas principais praias da Zona Sul os “arrastões” voltaram apesar dos esforços da PM para coibir a violência urbana.  Com a presença maciça da imprensa internacional, em função das Olimpíadas, o país tem a oportunidade de projetar uma imagem positiva para o mundo ou jogar, definitivamente pela janela, todo um trabalho realizado, num verdadeiro “tiro no pé”.

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