
.
Os preços no país estão entre os mais altos do mundo. Apesar do crescimento da economia brasileira, com PIB 36,1% maior nos últimos 10 anos e renda per capita 20% acima da inflação no período, está longe o dia que não será vantagem optar pelo Turismo mundo a fora. A poucos dias da Copa das Confederações e da Jornada Mundial da Juventude, e no próximo ano, Copa do Mundo, pouco foi feito efetivamente para que o nosso país não fique com essa fama.
Os brasileiros gastaram US$ 22,2 bilhões no exterior em todo o ano passado, segundo dados divulgados pelo Banco Central – valor que representa novo recorde histórico. Em 2011, recorde anterior, as despesas de brasileiros lá fora haviam somado US$ 21,2 bilhões. Deste modo, o crescimento, de 2011 para 2012, foi de 4,5%.
Palcos dos futuros grandes eventos, cidades brasileiras possuem as tarifas hoteleiras mais caras do mundo. De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), o Rio de Janeiro perde apenas para Nova York, cuja tarifa média foi de US$ 245,32 (R$ 488).
Segundo a pesquisa, quem viaja a trabalho precisa pagar mais caro para se hospedar no Rio do que em Paris, Dubai e Londres, por exemplo. Os próximos destinos brasileiros nesse ranking são São Paulo, que aparece em sexto lugar com tarifa média de US$ 133,23 (R$ 265); Recife, em sétimo lugar com diária média de US$ 121,32 (R$ 241,35); e Brasília, em oitavo lugar com diária de US$ 117,46 (R$ 233,67).
Ainda neste ano, os preços das passagens aéreas devem iniciar um movimento de alta em termos reais. É o que projeta a equipe da Tendências Consultores. Segundo estimativas da consultoria, os bilhetes devem ter elevação de 2,4% em termos reais (já desconsiderada a inflação estimada para o ano). A mudança de cenário para 2013 está baseada, principalmente, pelo esforço das companhias aéreas em recompor suas margens, devendo, entre outras coisas, reduzir o número de assentos oferecidos, ao mesmo tempo em que a demanda deve crescer.
Embora já tenha conquistado o posto de sexta maior economia do mundo em 2011, o país ainda se vê às voltas com dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que destoam do papel assumido na cena internacional nos últimos anos. Tal conjunto de entraves, o chamado “Custo Brasil”, vem minando a eficiência da indústria turística e nos deixando com fama de país caro.
Enquanto isso, para onde vou nas minhas próximas férias?