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Opinião

​Caos à vista

Até o dia 6 de janeiro cerca de 20 milhões de passageiros devem passar por alguns dos principais aeroportos do país. A expectativa das autoridades é que haja um incremento de 7% na comparação a igual período do verão passado. O problema é que além da tradicional falta de infraestrutura, existe ainda uma ameaça de greve por parte dos trabalhadores do setor  prevista para a semana que antecede o Natal. Os trabalhadores pedem reajuste de 11% enquanto as empresas aceitam pagar apenas  a reposição das perdas com a inflação oficial. Se isso vier a se confirmar teremos uma vez mais uma situação de caos absoluto nos saguões de embarque, assim como nos desembarques.

Independente de situações pontuais como essa, o fluxo de idas e vindas de passageiros promete quebrar todos os recordes. As companhias aéreas acenam com oito mil voos extras durante a chamada alta temporada. Mesmo com o reforço das equipes de terra não há como evitar transtornos e atrasos. Sem os habituais atropelos, os passageiros já enfrentam falta de orientação e o desconforto, situação que não foi resolvido nem com as concessões para os consórcios da iniciativa privada. Haja visto por exemplo, o Galeão que mesmo depois de 5 meses sob nova administração ainda adota velhas práticas e não conseguiu ainda implantar o padrão que se espera de um aeroporto internacional.

A Anac por sua vez informa que irá fiscalizar com rigor o cumprimento dos horários dos voos.

No rol das mudanças prometidas para 2015  um das medidas que pode começar a surtir efeito é a criação da Infraero Serviços, ideia proposta no início deste mês pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco. Segundo ele, a Infraero precisa se preparar para enfrentar a concorrência da iniciativa privada. O objetivo é criar uma avaliação trimestral dos terminais de modo a beneficiar aqueles que tiverem melhor desempenho. A revisão do papel da Infraero ainda está no papel, bem como o programa de incentivo a aviação regional.

Não se pode mais também aceitar cenas como a que ocorreu no aeroporto de Foz do Iguaçu onde uma passageira cadeirante teve que se arrastar  pela escada de um avião por falta de equipamento adequado para transportá-la até a aeronave  Se isso acontece numa cidade como Foz do Iguaçu imagina o que não ocorre em outras cidades do interior do país? Vem aí um novo ano e com ele se renovam as esperanças de que o setor possa retomar sua rota de crescimento. No mais, é desejar um Feliz Natal aos nossos leitores e a todos os que nos apoiaram ao longo deste ano.

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