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XEC: Cepa mais contagiosa da Covid identificada em diversos países preocupa autoridades

XEC: Cepa mais contagiosa da Covid identificada em diversos países preocupa autoridades

Nova variante da doença confirmada em mais de 30 países pode se tornar dominante nos próximos meses, segundo especialistas (Divulgação/FreePik)

Uma nova variante híbrida da Covid-19, chamada XEC, está se espalhando rapidamente pela Europa e outras partes do mundo. Só nos Estados Unidos a XEC foi detectada em pelo menos 27 estados até o momento. Por isso, especialistas acreditam que a cepa pode se tornar a cepa dominante em breve.

De acordo com informações do Daily Mail, a cepa XEC foi detectada pela primeira vez em junho na capital da Alemanha e se espalhou rapidamente e tem mostrado forte crescimento em países como Reino Unido, Irlanda, França e Espanha, com 1.115 casos registrados.

O surgimento dessa variante, que é uma combinação das cepas KS.1.1 e KP.3.3, ocorre no momento em que os EUA observam um ligeiro declínio da Covid após uma onda de verão. No entanto, dados de águas residuais dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA mostram que a atividade do vírus ainda é “alta” ou “muito alta” em 34 estados.

O outono acaba de começar e com ele, a temporada de vírus respiratórios se aproxima nos EUA. Autoridades estão preocupadas que a XEC possa causar um surto, duvidando da eficácia das vacinas contra a doença. O Dr. Eric Topol, diretor do Scripps Research Translational Institute, postou dia 14 de setembro no X que a “variante XEC parece ser a mais provável de ganhar força”.

O QUE SE SABE ATÉ AGORA?

A XEC é semelhante às suas cepas parentais, mas tem mutações adicionais que podem lhe dar uma vantagem sobre outras variantes, observam os especialistas.

“Quando uma pessoa é infectada com duas variantes diferentes do SARS-CoV-2, você pode obter o que chamamos de recombinação, onde pedaços do material genético de uma se recombinam com a outra, e isso pode criar uma nova cepa”, disse Dr. Albert Ko, médico infectologista e professor da Escola de Saúde Pública de Yale ao TODAY.com

Em 24 de setembro, a Organização Mundial da Saúde classificou a XEC como uma “variante sob monitoramento”.

DISSEMINAÇÃO DA NOVA VARIANTE

De acordo com os dados mais recentes do banco de dados Covid-19 da Scripps Research, Outbreak.info., a XEC se espalhou para pelo menos 32 países até agora. Pelo menos 1.600 sequências de XEC foram relatadas nos seguintes países:

  • Alemanha
  • Austrália
  • Áustria
  • Bélgica
  • Brasil
  • Canadá
  • China
  • Coreia do Sul
  • Croácia
  • Dinamarca
  • Eslovênia
  • Espanha
  • Estados Unidos
  • Equador
  • Finlândia
  • França
  • Holanda
  • Hong Kong
  • Itália
  • Islândia
  • Irlanda
  • Israel
  • Japão
  • Luxemburgo
  • Nova Zelândia
  • Noruega
  • Polônia
  • Portugal
  • Reino Unido
  • República Tcheca
  • Suécia
  • Taiwan

Só nos EUA, quase 300 sequências de XEC foram detectadas em 27 estados, incluindo o Distrito de Columbia, de acordo com dados do GISAID em 2 de outubro:

  • Arizona
  • California
  • Carolina do Norte
  • Carolina do Sul
  • Colorado
  • Dakota do Sul
  • Delaware
  • Distrito de Columbia
  • Flórida
  • Georgia
  • Hawaii
  • Illinois
  • Iowa
  • Maryland
  • Massachusetts
  • Michigan
  • Nebraska
  • Nevada
  • Nova Jersey
  • New York
  • Ohio
  • Pennsylvania
  • Rhode Island
  • Texas
  • Utah
  • Virginia
  • Washington

“Definitivamente está aqui”, disse Ko. No dia 30 de setembro, a XEC já era responsável por cerca de 6% dos casos nos EUA, de acordo com as estimativas “Nowcast” do CDC, que projetam proporções de variantes da Covid nos EUA para o período mais recente de duas semanas.

Porém, é esperado que esse cenário mude à medida que a variante se espalha.

A contagem real de casos (que não pode ser determinada apenas pela contagem de sequências) é provavelmente maior, dizem os especialistas.

A XEC É MAIS TRANSMISSÍVEL?

“Parece ser, como muitas das outras variantes ômicron que vimos recentemente, bastante contagiosa (e) muito facilmente disseminada, e é por isso que está ganhando força”, enfatizou Schaffner.

“Ela está aumentando em um ritmo rápido agora (e) é a variante que mais cresce em alguns países diferentes da Europa”, complementou Andrew Pekosz, Ph.D., professor e vice-presidente do departamento de microbiologia molecular e imunologia da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, ao TODAY.com.

“Sempre que uma nova variante surge e começa a aumentar rapidamente, sempre voltamos nossos olhos para ela. … Esse é realmente o primeiro sinal de que algo pode estar acontecendo.”

“Parece estar se comportando da maneira como muitas dessas outras subvariantes ômicron se comportaram. Até agora, nenhum alarme disparou em relação à XEC”, disse Schaffner. Portanto, ainda é muito cedo para dizer se a XEC ou outra variante impulsionará um surto de outono ou inverno. “Novas variantes com novas mutações surgem e algumas delas decolam (e) algumas delas não decolam”, explicou Ko.

“Uma coisa que sabemos é que a temporada de vírus respiratórios está se aproximando, e vírus como SARS-CoV-2 e influenza se espalham mais facilmente no inverno, quando as pessoas passam mais tempo juntas em ambientes fechados. Posso prever firmemente que haverá um aumento no inverno. Quando e quão robusto esse aumento será, não sei, mas não deve ter nada a ver com sua decisão de se vacinar”, acrescentou Schaffner.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA XEC?

Até agora não parece causar sintomas diferentes do que as variantes anteriores, como:

  • toase
  • dor de garganta
  • dor de cabeça e no corpo
  • congestão nasal
  • febre ou calafrios
  • falta de ar
  • fadiga
  • náusea
  • diarreia
  • perda do paladar ou olfato ou apetite

Assim como vimos na pandemia, algumas pessoas podem se sentir mal por dias e outras não ter sintoma algum. E vale ressaltar sobre quem é mais vulnerável à doença:

  • pessoas com mais de 65 anos;
  • pessoas com condições médicas subjacentes (como diabetes ou doença cardíaca);
  • e pessoas imunocomprometidas.

A VACINA DA COVID É EFICAZ CONTRA A XEC?

“Embora seja nova, houve alguns estudos laboratoriais iniciais que indicariam que a vacina atualizada protegerá contra doenças graves causadas por esta variante”, comentou Schaffner.

“É especialmente importante que pessoas com maior risco de desenvolver doença grave tomem a vacina atualizada contra a Covid.”

A preocupação maior é com os grupos mais vulneráveis. “Tivemos uma taxa de aceitação um tanto fraca no ano passado, apenas 24% da população (que era elegível) realmente recebeu a vacina, então espero que tenhamos um desempenho muito melhor neste outono”, apontou Schaffner.

É recomendado que as pessoas façam o teste se tiverem sintomas, e até mesmo depois de grandes eventos ou reuniões. Mas acima de tudo, os especialistas observam a necessidade de estar com a vacinação em dia, não sair de casa se estiver com algum sintoma, evitar contato com pessoas doentes, usar máscara em espaços internos lotados, ficar em ambientes arejados, manter uma boa higiene das mãos e praticar o distanciamento social para se proteger da XEC.

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