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Renata Lazari, diretora geral da Royal Caribbean para o Brasil (Natália Strucchi/M&E)
A BORDO DO UTOPIA OF THE SEAS – Pela primeira vez a Royal Caribbean decidiu colocar um novo navio para fazer cruzeiros curtos, de 3 ou 4 noites. Conforme explica a diretora geral da Royal Caribbean para o Brasil, Renata Lazari, a decisão não foi por acaso, mas faz parte de uma estratégia da empresa na busca pelos novos cruzeiristas. “A ideia é tornar a experiência do cruzeiro mais acessível para quem ainda não conhece esse tipo de viagem. Esse formato curto é perfeito para famílias que desejam incluir um cruzeiro em suas férias em Orlando, por exemplo. É uma forma de atrair novos hóspedes para nossa frota”, explica.
A ideia é tornar a experiência do cruzeiro mais acessível para quem ainda não conhece esse tipo de viagem
Durante um bate-papo realizado nesta manhã, Renata falou ao M&E sobre o lançamento do Utopia of the Seas e o impacto da novidade nas operações da armadora. “A experiência a bordo está sendo reinventada. Com mais restaurantes e espaços de diversão, queremos atrair tanto novos cruzeiristas quanto os já fiéis à marca”, afirmou.
Após o Utopia, a Royal já se prepara para abrir seu Beach Club em Nassau, com inauguração prevista para 2025. “Este será um espaço incrível, que promete uma experiência única de relaxamento e diversão para nossos hóspedes. O Beach Club será uma opção paga à parte, similar a uma excursão, e está sendo projetado para adultos, oferecendo uma atmosfera vibrante, ideal para quem busca festas e sol”, esclareceu.
A experiência a bordo está sendo reinventada. Com mais restaurantes e espaços de diversão, queremos atrair tanto novos cruzeiristas quanto os já fiéis à marca
Ela também mencionou a expansão essa oferta para outros locais, como Cozumel, além de citar a nova ilha da Royal na Austrália, que deve ser inaugurada em 2026. “Estamos investindo em locais que proporcionam não só entretenimento, mas também uma conexão especial com a natureza”, justificou.
Retorno ao Brasil
Se depender da vontade e do empenho de Lazari, a empresa pode voltar a operar no país num futuro próximo. Em um bate-papo com jornalistas do trade nesta manhã, a executiva relevou que tanto brasileiros quanto turistas norte-americanos almejam pelo retorno das operações da empresa na temporada do Brasil, mas que isso depende de muitos fatores, principalmente do câmbio favorável e do apoio do governo.
“Ainda temos desafios relacionados à competitividade do câmbio e às taxas de porto, que dificultam nossa operação no Brasil. A diferença entre o Real e o Dólar, que atualmente está em torno de R$ 5,50, torna o produto menos acessível para os brasileiros. E a falta de incentivo por parte do governo brasileiro também torna esse processo mais difícil”, explicou.
O Brasil é um mercado promissor. Uma vez que superemos os obstáculos atuais, acredito que nossa presença será fortalecida e poderemos oferecer experiências ainda mais incríveis para os brasileiros
A diretora revelou que o retorno da Royal Caribbean ao Brasil é um assunto constante nas reuniões estratégicas da empresa. “Todo mundo quer que a gente volte. O Brasil deixa uma boa impressão, tanto para os brasileiros quanto para os turistas americanos que desejam conhecer nosso país”, afirmou.
Apesar dos desafios, a diretora expressou confiança no futuro. “O Brasil é um mercado promissor. Uma vez que superemos os obstáculos atuais, acredito que nossa presença será fortalecida e poderemos oferecer experiências ainda mais incríveis para os brasileiros”, finalizou.
Capacitação dos agentes de viagem
Renata também enfatizou a importância da capacitação dos agentes de viagem, uma vez que eles são fundamentais para a promoção dos cruzeiros. “Trabalhamos em parceria com a R11, que é nossa representante exclusiva no Brasil, para oferecer treinamentos e eventos que ajudem os agentes a conhecerem melhor nossos produtos”, explicou.
Trabalhamos em parceria com a R11, que é nossa representante exclusiva no Brasil, para oferecer treinamentos e eventos que ajudem os agentes a conhecerem melhor nossos produtos
Ela comentou sobre a dificuldade de liberar cabines para seminários e eventos, devido à alta demanda. “Estamos sempre buscando maneiras de apresentar nossas ofertas, mesmo com as limitações atuais”, disse.
O M&E viaja com proteção GTA e apoio da Shift Mobilidade Corporativa.
