94% Brasileiros buscam Inteligência Artificial para otimizar viagens, diz pesquisa

(Unsplash/Christin Hume)

A SAP Concur divulgou a 6ª edição da “Pesquisa Global de Viagens de Negócios”, que indica que 94% dos viajantes corporativos no Brasil utilizam ferramentas corporativas para realizar reservas de viagens. Dentre esses profissionais, 71% preferem receber sugestões de IA para facilitar o processo de reserva, ao invés de explorar todas as opções de forma independente. Entre esses, 14% escolheriam uma lista personalizada por IA, adaptada às suas preferências e necessidades individuais.

“O estudo revela uma visão clara sobre as prioridades e preocupações dos viajantes corporativos brasileiros. Observa-se que, apesar do crescente entusiasmo pela adoção de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial, a segurança e a flexibilidade continuam sendo prioridades incontestáveis,” afirma Denis Tassitano, vice-presidente da SAP Concur para América Latina e Caribe.

A pesquisa também destaca que 96% dos viajantes brasileiros estão dispostos a utilizar automações baseadas em IA para apoiar diversos aspectos da experiência de viagem. Isso inclui assistência com vistos e documentação (53%, acima da média global de 37%), orientações sobre bem-estar e segurança (52%, comparado a 37% globalmente) e opções de viagem sustentáveis (43%). Além disso, há interesse em automações para questões práticas, como recomendações para cancelamento ou reembolso (50%, comparado a 34% globalmente) e captura e relatório de despesas (36%).

Apesar do entusiasmo pela IA, 85% dos viajantes ainda demonstram desconforto com essas tecnologias. As principais preocupações envolvem a proteção de dados pessoais (59%, comparado a 48% globalmente) e a ausência de viés nas ferramentas (29%). Outros 17% desejariam garantias de que não enfrentarão penalidades caso as reservas sugeridas pela IA não estejam em conformidade com as políticas da empresa, especialmente considerando que 72% notaram um aumento nas aprovações pré-viagem este ano.

A pesquisa também revelou que a segurança é uma prioridade significativa para os viajantes brasileiros. Eles estão dispostos a recusar viagens devido a preocupações com a segurança do destino (57%, comparado a 44% globalmente), ao meio de transporte exigido (26%) ou a questões políticas e sociais do destino (21%).

“Enquanto há um entusiasmo crescente pela adoção de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial, a segurança e a flexibilidade continuam sendo prioridades inegociáveis”, reforça.

Além disso, 37% dos viajantes acreditam que a flexibilidade dos funcionários está sendo sacrificada em prol da redução de custos, com 90% observando cortes nas opções de flexibilidade nos últimos 12 meses. Esses cortes incluem a redução de pagamento por voos diretos (37%), a necessidade de evitar viagens longas com pernoite (34%) e viagens para fins não relacionados a clientes (28%). Foi também registrado um aumento no uso de transporte público em vez de táxis ou serviços de transporte compartilhado, com 25% dos viajantes relatando essa mudança.

“É essencial encontrar um equilíbrio entre a redução de custos e a oferta de uma experiência de viagem segura e eficaz para os funcionários,” conclui.