As receitas com viagens corporativas tiveram redução de 3,6% em 2015, totalizando R$ 38,73 bilhões, em comparação com os R$ 40,17 bilhões de 2014. Estas e outras informações são o resultado do 10º IEVC (Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas), apresentado. A pesquisa foi realizada por Hildemar Brasil, Professor Doutor em Economia de Turismo, e coordenada pela Alagev e pelo Senac (com Antônio Carlos Bonfato e Maristela de Souza Goto Sugiyama, do Centro de Estudos Aplicados do Centro Universitário Senac).
ANO |
VALOR (R$ BILHÕES) |
VARIAÇÃO ANUAL (%) |
2013 |
36,78 |
13,86 |
2014 |
40,17 |
9,20 |
2015 |
38,73 |
-3,60 |
Segundo o estudo, em 2015, as viagens corporativas foram responsáveis pela geração de 725.589 empregos diretos e indiretos, o que também representou queda em relação ao ano anterior, quando o setor gerou 752.921 postos de trabalho. O impacto direto na economia gerado pelas viagens corporativas também caiu, de R$75,93 bilhões em 2014 para R$70,57 bilhões em 2015.
TIPOS |
2014 |
2015 |
Impacto Direto da Economia (R$) |
75,93 bilhões |
70,57 bilhões |
Emprego Total Gerado |
752.921 |
725.589 |
No ranking das receitas geradas em 2015, o aéreo lidera com 44,29%, seguido por hospedagem (33,69%), alimentação (8,56%), locação de carros (7,33%), agenciamento (4,69%) e tecnologia (1,44%). Veja as variações em relação a 2014:
Composição da Receita IEVC |
2014 (%) |
2015 (%) |
Aéreo |
52,81 |
44,29 |
Hospedagem |
28,64 |
33,69 |
Locação de carros |
5,87 |
7,33 |
Alimentação |
5,26 |
8,56 |
Agenciamento |
4,83 |
4,69 |
Tecnologia |
2,59 |
1,44 |
“Nos últimos 10 anos, a pesquisa tem se pautado pelo objetivo de manter um conjunto de indicadores que permitam um acompanhamento dos aspectos macroeconômicos relacionados ao segmento de viagens corporativas no Brasil”, afirma o professor Hildemar. “O IEVC é o único índice no país que contabiliza a importância das viagens corporativas dentro do setor de Turismo e da economia. Chegamos à 10ª edição como uma referência neste mercado. Apesar do cenário desfavorável, as viagens corporativas mantiveram sua posição frente à demanda, com participação relativa de 55,22% em 2015”, comenta Eduardo Murad Junior, presidente da Alagev.
Para Jessica Kobayashi, coordenadora da área de turismo do Senac São Paulo, “participar de pesquisas como o IEVC é fundamental, já que também contribuímos no desenvolvimento do setor com a formação de profissionais. Dessa forma, o conhecimento detalhado e aprofundado sobre o mercado, inclusive como ele se comporta, quais são as tendências e projeções previstas são ferramentas importantes em nossas salas de aula e na formação de profissionais completos e alinhados à dinâmica do segmento”.