
O mercado global de viagens de negócios deverá retornar aos níveis pré-pandêmicos este ano (Reprodução)
Recente pesquisa da BCD Travel revela que, apesar das empresas reduzirem orçamentos e implementarem controle de custos em viagens nos últimos anos, há um notável aumento nas viagens corporativas. O levantamento, realizado com 211 compradores em abril, mostra que 60% das empresas cortaram gastos com viagens e 96% adotaram políticas de economia. Contudo, isso não impediu o crescimento das atividades de negócios.
O mercado global de viagens de negócios, avaliado em US$ 245 bilhões em 2023, deverá retornar aos níveis pré-pandêmicos este ano, com crescimento anual superior a 11% até 2027. EUA, França, Itália, China e Áustria lideram, embora a capacidade reduzida na China por desafios econômicos locais.
A pesquisa aponta ainda, que 67% dos compradores esperam aumento (39%) ou estabilidade (28%) nos orçamentos de viagem, refletindo otimismo moderado com foco em gestão de custos. Por exemplo, 62% priorizam estratégias de economia em viagens corporativas.
Apesar do aumento nas tarifas de hotéis, empresas optam por acomodações mais simples para controlar custos, enquanto executivos mantêm padrões superiores. Esse equilíbrio reflete esforços contínuos para conciliar preocupações econômicas com necessidades essenciais de viagens de negócios.
Área de vendedores e gerentes de contas foi a que mais cresceu em relação aos investimentos em viagens
Tim Wagner, vice-presidente sênior da HRS, observa que, após um desafiador 2023 com demissões, muitas empresas levantaram as restrições conforme as condições financeiras melhoram, especialmente nos EUA. Apesar da recuperação desigual, os mercados nórdicos são fortes, enquanto a Europa Central enfrenta dificuldades, afetando decisões de viagens corporativas.
“As áreas em que observamos crescimento foram aquelas com vendedores e gerentes de contas, onde há um retorno claro sobre o investimento na viagem. Percebemos maior pressão nas viagens foi entre os funcionários que viajam algumas vezes por ano, em eventos corporativos e conferências, onde talvez participem por ser uma boa oportunidade de encontrar pessoas, mas sem um retorno claro sobre o investimento”, afirmou Henry Gilroy, vice-presidente sênior de desenvolvimento estratégico do Internova Travel Group.