Ministério de Minas e Energia quer alternativas para compensar horário de verão

Medida somente seria tomada em último caso, segundo Ministério de Minas e Energia (Divulgação/FreePik)

O Ministério de Minas e Energia pediu alternativas ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para compensar a economia do horário de verão, estimada em R$ 400 milhões. Entre as opções estão buscar termelétricas mais baratas e ampliar o uso de linhas de transmissão de Itaipu.

A possível volta não foi bem recebida pela indústria, que teme aumento de custos em outras áreas além da energia. Os representantes da aviação civil, por exemplo, divulgaram um comunicado alegando que precisariam de aviso prévio de 180 dias para adequar a malha aérea, pois prejudicaria toda logística, principalmente de voos internacionais. Já os setores do comércio, turismo, bares e restaurantes querem a adoção da medida.

O que diz o Ministério?

No dia 19 de setembro, o ministro Alexandre Silveira anunciou que o ONS e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) concluíram ser prudente a volta do horário de verão. A estratégia seria deslocar o pico de consumo para um horário com mais geração solar, reduzindo a necessidade de acionar usinas termelétricas, mais caras e poluentes, para atender à demanda, em meio ao agravamento da seca.

Já nessa terça-feira (8), Silveira disse após evento da sanção da Lei Combustível do Futuro, que a medida somente seria tomada em último caso. “Se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso”.

A decisão será tomada na semana que vem pelo presidente Lula.