Desde março o Brasil conta com a isenção de vistos para viajantes de países como Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão. O decreto, que entrou em vigor desde o dia 17 de junho, ainda divide opiniões, uma vez que a isenção é unilateral. Contudo, para o setor de viagens corporativas, as oportunidades que se abrem são observadas com otimismo pelo mercado.
Segundo o Ministério do Turismo, o decreto permite que viajantes norte-americanos, australianos, canadenses e japoneses permaneçam no Brasil por 90 dias, prorrogáveis por mais 90. A meta é dobrar o número de turistas em solo brasileiro. Atualmente, são 6,6 milhões de estrangeiros que entram anualmente no País. A medida auxiliará o Governo a alcançar a meta de 12 milhões de turistas até 2022.
Para o diretor-executivo da Alagev, Eduardo Murad, a liberação da entrada de viajantes das quatro nacionalidades coloca o País no radar como destino viável para realização de eventos corporativos e viagens de incentivo. “As facilidades que o destino oferece tanto ao que se refere na parte de infraestrutura, como em questões burocráticas são itens que auxiliam na tomada de decisão. Por isso, flexibilizar a vinda desses viajantes ao Brasil sem a necessidade do visto traz uma perspectiva interessante para o setor”, comenta o executivo.
A isenção para esses viajantes potencializa o país e ajuda o Brasil a captar eventos corporativos. As medidas para o setor de Mice (Meetings, Incentive, Confereces and Exhibitions – Reuniões, Incentivo, Coferências e Exibições em tradução literal), especificamente, devem ser sentidas a médio e longo prazo, uma vez que a atividade requer planejamento prévio de alguns meses – em alguns casos, como Convenções e Feiras; de anos.
“O Brasil é o principal destino de viagens corporativas na América Latina e a medida deve impactar positivamente esse mercado. A desburocratização faz sentido, uma vez que o Brasil mantém relações comerciais com estes países. Mas vale ressaltar que tão importante quanto facilitar a vinda desse público é investir na infraestrutura do país para acompanhar o ritmo de crescimento e otimismo do setor de viagens e eventos corporativos”, finaliza o diretor.