
Ao fim de junho de 2021, a circulação de consumidores ainda estava 18,7% e, no mês seguinte, 10,9% abaixo do nível pré-pandemia
O volume de vendas no varejo recuou 1,7% em junho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), interrompendo uma sequência de dois meses de altas significativas. A expectativa é de reação no médio prazo, uma vez que as vendas seguem superiores aos meses mais agudos da pandemia, por esse motivo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manteve a previsão de crescimento do setor em 4,5% para 2021.
“As altas expressivas observadas nos dois meses anteriores, por exemplo, em um período econômico ainda escasso, por vezes podem resultar em um crescimento menor no período subsequente. Mas hoje o País vive um momento de inflação alta, primeiro item que vai recair demasiadamente sobre a cadeia. Mesmo com mais pessoas nas ruas, consumindo, os ganhos serão menores”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Segundo acompanhamento do Google Mobility, em abril de 2020, pior mês do varejo brasileiro, houve uma redução de 58% na concentração de consumidores em relação ao período pré-pandemia. A partir de maio do mesmo ano e ao longo do segundo semestre de 2020, as vendas acompanharam a tendência da queda no isolamento social da população, voltando a regredir nos três primeiros meses deste ano.
Ao fim de junho de 2021, a circulação de consumidores ainda estava 18,7% e, no mês seguinte, 10,9% abaixo do nível pré-pandemia. Além disso, as vendas observadas no mês representaram o pior desempenho do setor para meses de junho desde 2002, quando a queda foi de 2%.