Dados do último senso do IBGE apontam que 24;6 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência e poucos estabelecimentos do segmento do Turismo estão preparados para receber esse público que tem condições de acesso garantidas por lei.
Visando a inclusão dessas pessoas no segmento; o Instituto Marca Brasil e a Fundação Dorina Nowill para Cegos firmam parceria que vai permitir aos cerca de 5.400 hotéis e pousadas cadastrados ao Portal de Hospedagem poderem utilizar os conhecimentos da Fundação Dorina no que tange à acessibilidade; para adaptar seus empreendimentos às pessoas que possuem algum tipo de deficiência.
O projeto inclui programa de sensibilização empresarial sobre deficiência; treinamento e capacitação dos colaboradores; consultoria para adequação dos espaços; sites e materiais de comunicação dos hotéis; workshop para empresas que tiverem interesse em contratar funcionários com deficiência visual e um selo Hotel Acessível concedido pela Fundação Dorina Nowiil para Cegos e pelo Portal de Hospedagem.
O portal é considerado o maior site de buscas de meios de hospedagem do País e já está acessível para pessoas cegas e com baixa visão.
O presidente do IMB; José Zuquim; explica que a parceria com a Fundação Dorina Nowill surgiu depois do lançamento da acessibilidade do Portal de Hospedagem aos deficientes visuais. “A Fundação tem um trabalho importantíssimo na inclusão de deficientes e poder estender os serviços deles a todos os meios de hospedagem que participam do Portal significa ampliar as possibilidades de tornar o Turismo no País mais solidário e socialmente responsável”; afirma.
Para Daniela Bitencourt; diretora do IMB (entidade responsável pela gestão do Portal de Hospedagem) adaptar os meios de hospedagem para pessoas com deficiência é um grande passo para a inclusão social e para o acesso desse público ao turismo. “É dessa forma que as pessoas com deficiência podem exercer sua cidadania. Essa iniciativa vem ao encontro da filosofia do IMB que é trabalhar para a criação de uma sociedade mais justa; inclusiva e proativa” explica.
De acordo com Silvia Troncon Rosa; gerente de captação de recursos da Fundação Dorina Nowill para Cegos; as pessoas com deficiência são consumidoras e devem ser consideradas como tal. As legislações a respeito da acessibilidade; como a lei de cotas; a lei do cardápio braille e outras; estimulam essas pessoas a terem mais oportunidades de circulação e consumo. Os estabelecimentos que estiverem aptos a receber esses clientes ganham espaço num mercado potencial e promissor.
“Soluções simples e muito baratas de acessibilidade geram um diferencial competitivo muito grande. O treinamento para o pessoal de atendimento; sinalizações e adaptações no espaço e ter os principais materiais de comunicação – como cardápio e regulamento do hotel – acessíveis; já garantem as condições necessárias para que as pessoas com deficiência possam usufruir dos serviços oferecidos como qualquer outro hóspede”; avalia.