A confiança do comerciante sofreu outra queda em abril, de acordo com o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio), que é apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A redução mensal foi de 6,4%, atingindo 95,7 pontos, sendo a quinta variação negativa consecutiva e o menor resultado desde outubro de 2020. O indicador também voltou a ocupar a zona de insatisfação (abaixo de 100 pontos), após seis meses.
“É preciso destravar os setores paralisados, como o comércio, que foi diretamente impactado pelo lockdown. Para isso, não existe fórmula mágica, a imunização da população precisa andar. Acreditamos que, com maior circulação de pessoas pelas ruas, o cenário de confiança do comerciante possa se modificar no curto e médio prazos”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Os três componentes do Icec apresentaram retrações pela terceira vez seguida. O aumento das dificuldades de equilíbrio entre oferta e procura também chamaram a atenção no que diz respeito ao nível de estoques. Em abril de 2020, cerca de 61,2% dos empresários consideravam que os estoques estavam em um volume compatível. Em abril deste ano, o número caiu para 56,7%, demonstrando incertezas e dificuldades para fazer o ajuste do volume de produtos da empresa com o mercado.