
Com 119,3 pontos, apesar da queda, o índicador ficou dentro da zona de satisfação (acima dos 100 pontos)
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou queda de 1,2% em fevereiro, após duas altas seguidas. Com 119,3 pontos, o índicador ficou dentro da zona de satisfação (acima dos 100 pontos), o que, segundo a análise, se deu devido à recuperação do setor no ano passado.
Os dados apontam que a taxa quase eliminou o crescimento de janeiro (1,4%), resultando em um avanço anual de 0,2% em 2022. O número, no entanto, é mais positivo do que o do primeiro bimestre do ano passado, quando o acumulado apresentou redução de 2,7%.
“Os resultados refletem as condições operacionais que envolvem as atividades comerciais. Com a energia elétrica e os combustíveis mais caros, os preços no atacado pressionando a formação de preços ao consumidor, os juros ascendentes e o consumo ainda morno, o empresariado demonstra receio”, avaliou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Apesar da melhora, todos os subíndices avaliados pela pesquisa contaram com retrações. O destaque negativo mensal foi o componente Expectativa do Empresário do Comércio, que teve redução mensal de 1,6%, puxado especialmente pelo item Empresa (-1,9%). Por outro lado, Intenções de Investimento apresentou a menor retração, de 0,9%. A última vez que o Icec apresentou esse nível de pessimismo foi em abril de 2021, com queda de 6,4%, alcançando 95,7 pontos.
Momento delicado – 54,2% dos empresários pesquisados reconheceram que as condições econômicas se deterioraram, superando o conjunto que se mostrou otimista (45,8%). Segundo as previsões do Boletim Focus, espera-se que a inflação feche o ano próxima da metade (5,44%) do patamar acumulado em doze meses de hoje (10,38%).