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Brasil tem queda de endividados pela primeira vez desde o início da pandemia

Os juros altos provacaram a queda do endividamento e colaboraram para que inadimplência apresentasse o maior nível desde agosto de 2020.

Os juros altos provacaram a queda do endividamento e colaboraram para que inadimplência apresentasse o maior nível desde agosto de 2020.

Após 13 meses de alta, o número de famílias que relataram ter dívidas apresentou sua primeira redução, segundo a análise da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A retração pode ser explicada pelo encarecimento dos juros, que acabou freando a contratação de dívidas neste início de ano.

De acordo com o levantamento, o total de endividados no País alcançou 76,1% em janeiro, representando uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. Já na comparação anual, o indicador teve aumento de 9,6 p.p.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, apesar da pequena queda mensal, a situação ainda merece atenção. “O endividamento segue em patamar elevado, e essa redução é reflexo de um cenário desfavorável, em que o encarecimento do crédito pelos juros mais altos afeta a dinâmica de contratação de dívidas dos consumidores”, explicou.

Juros altos provocam a queda

A diminuição pode ser explicada pelo encarecimento do crédito, que freia a contratação de dívidas. Os dados recentes disponibilizados pelo Banco Central (Bacen), em dezembro de 2021, apontaram aumento de 37,2% para 45,1% nas taxas médias das linhas de crédito com recursos livres às pessoas físicas. Além disso, mesmo tendo apresentado crescimento de 10,6% em termos reais em 2021, de novembro para dezembro, as concessões de crédito tiveram queda de 22,2% na média diária.

Na contramão do endividamento, a taxa de inadimplência apresentou alta. O indicador registrou crescimento mensal de 0,2 p.p. e anual de 1,6 p.p., atingindo 26,4% do total de famílias no País, o maior nível desde agosto de 2020 e a maior proporção para meses de janeiro observada na série histórica da Peic.

A parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerão inadimplentes também apresentou leve expansão, de 0,1 p.p. Na comparação com janeiro de 2021, entretanto, o percentual contou com queda de 0,8 ponto.

Famílias com rendas mais elevadas estão ampliando seus consumos de serviços

Na avaliação por faixas de renda, o endividamento apontou direções distintas para os dois grupos, revertendo a tendência predominante desde abril do ano passado. Entre as famílias com ganhos de até dez salários mínimos, o percentual de endividados teve redução de 0,3 p.p., alcançando 77,4%, a primeira queda desde outubro de 2020. Já para a parcela de famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, o endividamento cresceu 0,3 p.p., atingindo a maior proporção histórica de endividados, 71,2%.

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