
Antônio Almeida
O sócio da área de Consultoria da Ernst & Young (EY), Antônio Almeida, afirma que o Imposto de Renda retido na fonte (IRRF) sobre as remessas referentes a gastos fixado em 25% deve fazer com que os viajantes deixem de procurar as agências de viagem. Segundo ele, o aplicativos para smartphones e sites na internet, por exemplo, possibilitam que as pessoas eliminem os intermediários e adquiram os produtos diretamente com os fornecedores estrangeiros.
“Nos moldes do que o Uber fez com o transporte individual de pessoas. Uma vez que o imposto incide sobre as remessas das empresas de turismo ao exterior para pagar por serviços de turismo, o uso de novas ferramentas deve ser um dos caminhos a serem seguidos para driblar a cobrança do novo imposto”, disse Antônio Almeida.
Almeida diz, porém, que esse “movimento” deve fazer com que surjam novos profissionais que fariam uma espécie de curadoria de produtos e serviços disponíveis para quem não tempo ou paciência para vasculhar a internet em busca das informações. “Esses consultores também ajudariam seus clientes a fechar negócio diretamente com os fornecedores brasileiros”, aponta.
Redução das remessas ao exterior – O consultor sugere ainda que o novo imposto deve levar as empresas de turismo a dar preferência por operadoras que atuam no Brasil com objetivo de reduzir às remessas bancárias ao exterior. De acordo Antônio Almeida “com O novo imposto também pode atrair operadoras estrangeiras para o Brasil na tentativa de reduzir o impacto negativo nas vendas em decorrência na tarifação elevada.”
Para finalizar, o consultor diz que para reduzir o impacto nas vendas do novo imposto, as empresas do setor podem entrar em um acordo para dividir o “prejuízo”. “Dessa forma seria possível evitar que a alíquota de 25% seja repassada em sua totalidade para os clientes.”