O Banco Central do Brasil acaba de divulgar o balanço do setor externo da economia brasileira para o mês de novembro. Em relação às viagens, as receitas de turistas estrangeiros no Brasil somaram US$ 532 milhões, contra US$ 570 milhões do mesmo mês no ano anterior. Já as despesas dos brasileiros em viagens ao exterior somaram US$ 1.819 bilhão, contra US$ 1.578 bilhão em novembro de 2011.
No acumulado dos 11 primeiros meses do ano, as receitas somam US$ 6.082 bilhões. No mesmo período do ano passado o total era de US$ 5.920 bilhões, um aumento de 2,74%. As receitas fecharam em 2011 com um total de US$ 6.555 bilhões.
Em compensação os gastos dos brasileiros no exterior continuam bem acima, chegando a US$ 20.244 bilhões entre janeiro e novembro deste ano, contra US$ 19.489 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Em 2011, o total das despesas de brasileiros no exterior chegou a US$ 21.264.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, através de nota, disse que o quesito competitividade é determinante para o déficit da balança. “Este ano, novamente, vamos bater nossos recordes de entrada de turistas e de divisas, mas, isso não impedirá que novamente tenhamos um déficit recorde nas contas externas de turismo”, avalia ele. “A solução para enfrentar esse desafio é debater a questão da competitividade de nossos destinos turísticos”, sugere.
Para avaliar esse poder de competitividade e debater o preço dos hotéis, Dino criou uma Câmara Setorial que reunirá o setor, a partir de 2013, para analisar dados colhidos pela Embratur ao longo deste ano, comparando as tarifas de destinos turísticos brasileiros com hotéis no exterior.
Na área da aviação, o presidente da Embratur defende o aumento da competitividade com a entrada de novas empresas no setor. “Há estudos internacionais que apontam o sucesso desse tipo de iniciativa na União Européia, com aumento do número de freqüências e rotas e a diminuição do preço das tarifas, decorrente do aumento da competitividade”, afirma.
Mario Brizon
Atualizada às 16:50