
Número de turistas estrangeiros deve superar 5,4 milhões
Acompanhando o bom movimento dos desembarques internacionais, que devem fechar o ano com o recorde de nove milhões de passageiros, segundo previsões do Ministério do Turismo, 2011 também deverá registrar o recorde histórico da entrada de turistas internacionais no Brasil. A previsão é que o número esteja acima dos 5,4 milhões de turistas, superando o recorde anterior, que resistia desde 2005, com 5.358 milhões.
Dada a conjuntura de crise internacional, ainda que a barreira dos cinco milhões não tenha sido superada, alcançar este novo recorde é visto de forma positiva por analistas do mercado. Entre os principais países emissores, Argentina e Estados Unidos devem conservar as duas primeiras colocações, respectivamente. Quanto aos demais, devem ser os mesmos, mas é possível que aconteçam alterações nas colocações. A Itália, que ocupava a terceira posição, pode cair alguns postos.
O que preocupa, no entanto, é o ano de 2012, com o agravamento da crise mundial que pode gerar reflexos para o Brasil. É certo que a economia brasileira continua estável e os grandes eventos que o país vai sediar servem como grandes alavancadores. Mas estes mesmos analistas afirmam que, cada vez mais é preciso investir nos nossos aeroportos e na promoção nos mercados vizinhos para estimular a vinda de mais turistas.
Alguns exemplos são emblemáticos para o Brasil cada vez mais investir nos mercados fronteiriços. O México, por exemplo, recebe cerca de 22 milhões de turistas/ano, dos quais cerca de 20 milhões são dos Estados Unidos. A Espanha, que recebe 43 milhões de turistas/ano, tem entre seus principais visitantes os próprios europeus, que respondem pela fatia de 80%.
Outra preocupação dos analistas é com a capacidade de nossos aeroportos. Em 2003, o Brasil registrou um movimento de 22,6 milhões de desembarques domésticos. A previsão para 2011 é fechar com 80 milhões. No desembarques internacionais, o país saltou de 3,8 milhões em 2003 e deve fechar 2011 com nove milhões. Segundo analistas, a capacidade dos aeroportos brasileiros não acompanhou o ritmo de crescimento. Para eles, dos principais aeroportos do país, talvez apenas o Tom Jobim/Galeão, que ainda tem capacidade ociosa, esteja em condições de suportar este aumento.
Mario Brizon