
Delegação do Catar está no Brasil para conhecer o trabalho desenvolvido pelo Governo Federal brasileiro para a Copa deste ano
O presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vicente Neto, reuniu-se ontem com uma delegação do Catar que está no Brasil para conhecer o trabalho desenvolvido pelo Governo para realizar a Copa do Mundo. Vicente Neto apresentou ao grupo o planejamento desde 2007, quando o País foi escolhido como sede do Mundial, até os preparativos finais.
“Diversos órgãos do Governo participaram do planejamento. Investimos cerca de R$ 26 bilhões em infraestrutura e teremos um acréscimo de R$ 30 bilhões no Produto Interno Bruto”, afirmou o presidente. Vicente Neto detalhou os três grandes ciclos do planejamento: o primeiro contemplou projetos de infraestrutura como estádios aeroportos e mobilidade urbana; estrutura de serviços como telecomunicações, segurança e promoção do País fizeram parte do segundo ciclo; e o terceiro, com ações específicas de operação.
O planejamento de promoção do Brasil no exterior feito pela Embratur visando atrair o turista estrangeiro também foi explicado pelo presidente do Instituto. As ações começaram já na Copa da África do Sul em 2010, quando foi desenvolvido o projeto Casa Brasil. No encerramento das Olimpíadas em Londres, a Embratur fez uma bela apresentação nas águas do Rio Tâmisa convidando o mundo a vir ao Brasil. Outra grande ação de promoção feita pelo Instituto foi a Sensacional Brasil, em Paris, quando 300 mil pessoas visitaram a exposição que divulgou a cultura, a gastronomia e os produtos e destinos turísticos brasileiros. O Goal to Brasil, ação da Embratur para divulgar as doze cidades-sede, também foi detalhado. “Fizemos 20 edições em 15 mercados prioritários. Além de divulgar o Brasil como destino turístico, também realizamos rodadas de negócios”, explicou Vicente Neto. O presidente falou ainda das press trips e das campanhas publicitárias. O filme Dance, lançado em maio, que enfatiza a diversidade da cultura brasileira, foi apresentado ao grupo.
De acordo como o presidente, a Copa do Mundo é uma grande oportunidade para realização de negócios em diversos setores. Ele citou dados divulgados pela Apex-Brasil que demonstram o interesse de empresários estrangeiros em fecharem negócios no País. De acordo com o presidente da Apex, Maurício Borges, a expectativa com a Copa é gerar US$ 6 bilhões nos próximos 12 meses em mais de 70 setores da economia. Na Copa das Confederações, no ano passado, foram gerados USS$ 3 bilhões, segundo a Apex. Outro legado importante citado pelo presidente da Embratur é o crescimento do turismo nos próximos anos. “Esperamos ampliar em 10% o número de turistas estrangeiros que visitam o Brasil. A visibilidade do País aumentou muito com a Copa e quase metade da população do planeta está olhando para o Brasil pela TV, pela internet, pelos jornais”, afirmou.
Após a reunião com o grupo do Catar, o presidente da Embratur seguiu para a sede da Autoridade Pública Olímpica (APO), onde se reuniu com funcionários da instituição. O Instituto e a APO trabalharão juntos em uma proposta de promoção e divulgação do Brasil visando os Jogos Olímpicos de 2016. “Temos uma oportunidade sensacional para usar o esporte como plataforma de promoção e divulgação do Brasil no exterior, não só para o setor de turismo, mas para toda a economia. Esporte atrai negócios, como já estamos vendo com a Copa do Mundo. Será mais de uma década com grandes eventos esportivos no Brasil, com os jogos Pan-Americanos de 2007, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e Jogos Paralímpicos em 2016 e fecharemos com os Jogos Universitários Mundiais em Brasília em 2019, evento captado com apoio da Embratur. Esses eventos tornam o Brasil uma vitrine constante”, ressaltou Vicente Neto.
Lia Bianchini