Mesmo com a expectativa dos megaeventos, o turismo receptivo no Brasil está próximo da estagnação. Segundo Salvador Saladino presidente da Bito – Brazilian Incoming Travel Organization, nem mesmo o fato do país ter ultrapassado a barreira dos 6 milhões de visitantes estrangeiros representa motivos para comemoração.
“A verdade é que temos o custo Brasil que torna o país cada vez menos competitivo no cenário internacional. No final de agosto do ano passado nos reunimos para discutir a viabilidade de realizar um Fórum onde se pudesse discutir as questões como oferta, produtos e a qualidade dos serviços oferecidos, mas ficamos apenas nisso. Muito pouco se avançou”, lamentou o dirigente.
Saladino diz que a maior preocupação deve ser com o legado dos megaeventos e a eterna dificuldade da melhor distribuição da malha aérea. “Infelizmente não se tem um planejamento a médio e longo prazo. Do mesmo modo que as empresas aéreas estão mais preocupadas no momento em reduzir a oferta e seus custos do que em atender aos passageiros. Essa é a dura realidade”, admite. Lembra que questões como a reforma dos aeroportos não deve se limitar apenas a questão estrutural. “É preciso se pensar na qualidade dos serviços oferecidos ao passageiro e nossas autoridades estão se esquecendo deste detalhe”, finalizou.