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Hotelaria

“Hotelaria não foi vilã da Rio+20”, diz Fohb

Roberto Rotter, presidente do Fohb

Roberto Rotter, presidente do Fohb

Após a ampla divulgação pela imprensa do cancelamento de participação de uma delegação europeia por conta do alto custo da viagem para o Rio de Janeiro durante a Rio+20, ascendeu-se a discussão a respeito dos preços praticados no período e o consequente reflexo negativo que poderia acarretar à imagem do Brasil no exterior. De acordo com o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), dentre toda a estrutura turística que compunha os pacotes para a conferência, apenas uma foi escolhida como alvo de críticas: a hotelaria.

Segundo análise da entidade, a  partir desse primeiro episódio, o poder público, por meio do Ministério do Turismo, Embratur e Prefeitura, iniciou um trabalho com todos os envolvidos no processo para tentar minimizar os prejuízos até então iminentes. No entendimento do Fohb, as medidas e articulações poderiam ter sido feitas com alguns meses de antecedência, contribuindo para melhor planejamento logístico dos próprios organizadores e evitando imprevistos dessa natureza. Mas apesar das polêmicas debatidas, o Fórum considerou o evento positivo para a cidade do Rio de Janeiro e para a hotelaria carioca. 


“Os esforços da hotelaria em apoiar o poder publico para o sucesso da Rio+20, mesmo considerando tal intervenção como imprópria, proporcionou uma ocupação média de aproximadamente 90% na cidade do Rio de Janeiro. Quiséramos ter uma Rio+20 por semana e poder manter essa taxa de ocupação ao longo de todo o ano”, disse o presidente do Fohb, Roberto Rotter. Segundo ele, a lei da oferta e da demanda é que determina os preços de produtos e serviços. “No caso da Rio+20, a hotelaria carioca praticou tarifas iguais ou menores ao período do Carnaval, enquanto vimos que bares, restaurantes e ate táxis subiram seus preços durante a conferência”, lembrou. Aos olhos do Fohb, o grande ponto negativo para o Turismo com a Rio+20 foi a logística de distribuição imposta e oferecida pela agência oficial organizadora da conferência. 

De acordo com Rotter, enquanto o Brasil sofre com a falta de infraestrutura, tanto nos aeroportos, estradas e transporte público, a indústria hoteleira apresenta índices de satisfação elevados. “É injusto sermos apontados como vilões, quando quase a totalidade dos clientes que se hospedam em hotéis saem satisfeitos com sua experiência. O Turismo no Brasil deve ser reconhecido como indústria e assim ser tratado pelo próprio governo. Não queremos ser reconhecidos setorialmente”, desabafou. 

Para a entidade, somente a desoneração de taxas e impostos e a desburocratização é que serão capazes de atrair mais investidores para o setor hoteleiro, aumentando a oferta e, consecutivamente, proporcionando preços mais competitivos para o fomento do turismo no Brasil, inclusive no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o Fórum, a grande lição que fica para os próximos eventos é que deve haver maior antecipação, tanto dos fornecedores quanto dos clientes. “Quanto maior a antecedência na reserva de um hotel, assim como acontece com as companhias aéreas, mais atraentes serão os valores para hospedagem. Estamos todos do mesmo lado. Queremos cada vez mais atrair turistas estrangeiros e aumentar o turismo interno. Mesmo sem os incentivos fiscais, a hotelaria continua investindo no país”, conclui Rotter. 

Segundo dados do Fohb, os empreendimentos hoteleiros construídos no Brasil majoritariamente têm capital privado. Esses investimentos não só contribuem para o desenvolvimento econômico do país, mas também geram empregos, capacitam mão de obra e geram divisas por meio de recolhimento de impostos. O Fórum que representa cerca de 60% da hotelaria brasileira nos grandes centros urbanos – 24 redes hoteleiras nacionais e internacionais.
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