O retorno das aulas presenciais na maioria das escolas e o fim do trabalho remoto em muitas empresas sobrecarregou as vias do Rio de Janeiro na última segunda-feira (7). Essa situação altera a rotina de cidadãos e negócios, impactada pela perda de tempo na locomoção. Tanto é que funcionários de setores como hotelaria, bares e restaurantes voltam a levar de 2 a 3 horas para chegar ao trabalho, afetando a produtividade.
Muitas empresas se veem obrigadas a oferecer transportes particulares a seus colaboradores, o que acarreta gastos extras. E todo este imbróglio envolvendo a mobilidade urbana carioca foi alvo de críticas do presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes. “Para as Olimpíadas de 2016 o poder público fez investimentos como o BRT e a expansão do Metrô. No entanto, desde então esses modais só se deterioraram, um sucateamento que prejudica famílias e empresas”, disse.
Segundo ele, o cenário não prejudica apenas os colaboradores das empresas cariocas. “Os turistas, peças essenciais para o dinamismo econômico da cidade, também sofrem. Muitas vezes a programação dos visitantes se limita a poucas atrações por dia por conta da dificuldade de locomoção na capital do Rio de Janeiro. Perdem equipamentos turísticos, hotéis e restaurantes, com público aquém de suas possibilidades”, destacou.