O crescente desenvolvimento de hotéis associados às principais redes em cidades secundárias e distritos industriais, é parte do processo de profissionalização da indústria hoteleira do Brasil. Isso se tornou possível em cidades com este perfil dado o aumento da relevância econômica destas cidades e o recente processo de recuperação de tarifas hoteleiras. “Além disso, sobram terrenos com localização privilegiada, atraindo bandeiras que querem aumentar seu market-share e penetrar em novos mercados”, afirma Marcello Medeiros, diretor de desenvolvimento da Allia Hotels, que será um dos debatedores do painel “O Impacto das Cidades Secundárias e Distritos Industriais no Setor Hoteleiro”, do Brasil Hospitality Investment Conference, evento que acontece nos dias 13 e 14 de Junho, no Tivoli Mofarrej, em São Paulo.
O impacto do avanço do setor hoteleiro nas cidades secundárias e distritos industriais será mostrado por fatores como: crescimento da demanda por mão-de-obra especializada, melhoria da infraestrutura de hospedagem dessas cidades e aumento da exigência do mercado por qualidade. Hoje no Brasil mais de 250 cidades se enquadram entre cidades secundárias e distritos industriais. “Há a oportunidade de fazer de 300 a 400 hotéis nessas cidades. Por outro, qual será o comportamento face às questões logísticas? Como será o “relacionamento” entre concorrentes locais e redes? É uma tema muito interessante a ser discutido”, argumenta Érica Drumont presidente da Vert Hotéis.
Os desafios para a sustentabilidade de hotéis associados às redes em mercados menores são novos. A menor resistência desses mercados a eventuais excessos de oferta também precisam ser ainda melhor compreendidos pelos players do mercado. “Os produtos mais apropriados para cidades com este perfil são os produtos de perfil midscale e econômico, voltados ao viajante de negócios. As cidades secundárias e distritos industriais abrem uma nova frente de desenvolvimento hoteleiro, de grande relevância”, explica Sérgio Bueno gerente de novos negócios da InterCity Hotéis.
Cidades secundárias abrem frente para desenvolvimento hoteleiro

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