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Eduardo Giestas, presidente da Atlantica Hotels International
A Atlantica Hospitality International e a Transamerica Hospitality Group, braço de administração da rede Transamerica, anunciam uma aliança estratégica que transfere, para a Atlantica, a operação dos hotéis THG e o direito de explorar e desenvolver com exclusividade a marca Transamerica. Entram no acordo as unidades Fit, Classic, Executive, Prestige, Prime e Berrini. Os hotéis Transamerica Resort Comandatuba e Transamerica São Paulo permanecem sob o comando do Conglomerado Alfa.
Com a operação, serão adicionados ao portfólio da empresa 4.239 novos quartos, englobando 24 hotéis, localizados em São Paulo, Curitiba, Recife, Campo Grande, Taboão da Serra, Sorriso, Sinop, Rondonópolis, Ribeirão Preto, Jaguariúna e Primavera do Leste; além de outros três empreendimentos em pipeline. A Atlantica passa a administrar 170 hotéis espalhados por todo o país e a ofertar mais de 27 mil quartos. A gestão dos empreendimentos da Rede Transamérica passa a valer a partir de 1º de novembro e a união também irá permitir a transferência de conhecimento e a otimização de esforços e processos.
Na visão de Eduardo Giestas, CEO da Atlantica Hospitality International, a iniciativa vai gerar uma série de benefícios para os públicos de interesse de ambas as companhias, proporcionando mais oportunidades de ganhos em negociações, seja para redução de custos ou aumento de receitas, seja para melhores ofertas aos clientes. Em entrevista ao M&E, ele ressaltou que a transição ocorrerá de uma maneira confortável para não gerar instabilidades.
“Entendemos que a tecnologia e contabilidade estarão integradas entre três e seis meses. A ideia é absorver o máximo de gente possível da estrutura da THG”, garantiu. “No corporativo, estamos montando um núcleo igualzinho aos núcleos regionais que temos aqui para cuidar desses hotéis, o que inclui também o comercial”, complementou o CEO.
O executivo reterou ainda que há um recall de marca muito forte no Brasil quando se fala em Transamérica. para ele, incluir essas cinco marcas gera muito valor ao portfólio da Atlantica, que conta hoje com 29 bandeiras. “Essas marcas passam a entrar no nosso pipeline de desenvolvimento, seja em negociações ao longo do tempo ou para outros desdobramentos, como conversões”, complementou.
Giestas destacou que ao assumir as operações e as marcas dos hotéis THG, um dos principais objetivos é expandi-las ainda mais para oferecer um portfólio ainda mais amplo de hotéis, com marcas reconhecidas. Segundo ele, a Transamérica está entre as três marcas de maior recall na hotelaria nacional.
De acordo com Beny Fiterman, presidente executivo das Empresas não Financeiras do Conglomerado Alfa, a opção pelo negócio com a Atlantica se deu em função da experiência que o grupo tem no mercado de hospitalidade. “A busca de um parceiro concentrou-se naqueles com capacidade de manutenção de qualidade em operação e gestão e que fosse ao encontro de nossa trajetória, sem perder o foco na entrega de resultado para os investidores dos nossos hotéis e continuidade do compromisso com nossos clientes”, falou.
Com esse anúncio, a Atlantica dá sequência ao seu plano de expansão traçado para os próximos anos. “Queremos chegar a uma oferta de 40 mil quartos até 2025 e para atingirmos esse objetivo, fizemos o mapeamento do mercado, que é bastante pulverizado, seguindo o modelo sinérgico de aquisições e parcerias estratégicas; seguimos fortes no nosso modelo de desenvolvimento voltado à administração ou franquias de novos empreendimentos e abrimos uma nova vertical no segmento de residenciais com serviços, o Atlantica Residences”, disse.
Giestas reiterou que há espaço no mercado para novas consolidações e se mostra otimista quanto a retomada do Turismo. Ele afirma que este negócio passa ao setor uma mensagem muito boa de que a hotelaria e os investidores internacionais acreditam no potencial de crescimento do Turismo, que foi interrompido com a pandemia, mas está sendo retomado.
ATUALIZADA 16H10
