Abih Nacional pede manutenção das barracas da Praia do Futuro em Fortaleza

As barracas da Praia do Futuro geram um faturamento anual de R$ 300 milhões (Reprodução/Governo Ceará)

A Abih Nacional encaminhou, nesta sexta-feira (22), um pedido à ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para manter as barracas de praia hoje existentes na área denominada “Praia do Futuro”, em Fortaleza (CE), consideradas um elemento de importância para o turismo da capital como atração única, justamente pela combinação entre os encantos da natureza e a estrutura oferecida ao turista.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Manoel Linhares, enfatizou que o lazer oferecido atende não apenas ao turismo, mas também, à população local que representa 60% dos visitantes da Praia do Futuro, de forma que medidas restritivas teriam consequência negativa também no que se refere ao próprio direito ao lazer, num contexto em que, atualmente, há total liberdade de
acesso à praia, como não poderia deixar de ser, mas com o oferecimento de uma infraestrutura de apoio invejável.

De acordo com a Fecomércio-CE de 2022, o local recebe quase 3,5 milhões de pessoas por ano, sendo que cada turista tem um gasto médio de R$ 292,73 por visita, enquanto o fortalezense gasta R$ 238,76 no mesmo contexto. Isso significa que as barracas tem um faturamento anual de R$ 300 milhões.

Essas barracas também contribuem para a geração de empregos (cerca de cinco mil empregos diretos e quinze mil indiretos), além de influenciar, indiretamente, no funcionamento de outros empreendimentos como hotéis, pousadas, taxistas, motoristas de uber, restaurantes, dentre outros, de modo que o impacto econômico de uma alteração drástica da situação atual seria desastroso tanto para a economia pública quanto para uma multidão de particulares.

Linhares ressalta que Fortaleza está entre os destinos mais procurados do País e do mundo em grande parte por conta da Praia do Futuro, circunstância que certamente sofrerá influxos negativos com uma mudança na sistemática das barracas da Praia do Futuro.

Para finalizar, a Abih Nacional pede uma solução que preserve as barracas da Praia do Futuro, respeitando as tradições locais e garantindo o direito ao lazer na forma como hoje praticado não apenas pelo turista, mas pelo fortalezense, ao tempo em que também assegure a realidade socioeconômica estabelecida.