LONDRES – O crescimento global do turismo atingirá um marco significativo em 2024, com as chegadas internacionais de turistas superando 1,5 bilhão, ultrapassando os números de 2019. Os dados fazem parte o WTM Global Travel Report em parceria com a Tourism Economics, divulgado na WTM de Londres.
Até 2030, espera-se que as chegadas de turismo de pernoite (ou seja, visitantes internacionais que permanecem pelo menos uma noite) cresçam mais de 30%, alcançando dois bilhões, impulsionadas por mercados emissores emergentes. Os gastos também estão em alta. Em 2024, os gastos globais com turismo de lazer ultrapassam US$ 5,5 trilhões, valor 24% superior aos valores de 2019.
Mais significativamente, os consumidores parecem estar priorizando viagens, que agora representam uma parcela maior dos gastos nas principais economias avançadas em comparação com os dez anos anteriores à pandemia.
De modo geral, segundo dados da Tourism Economics, os gastos com viagens chegaram a 8,8% em 2024, comparados a uma média de 8,2% entre 2010 e 2019. Mesmo em mercados como a Ásia-Pacífico, onde alguns destinos, especialmente a China, tiveram uma recuperação mais lenta, o turismo como parte dos gastos dos consumidores está se aproximando dos picos de 2019.
Aumento na duração das estadias
Globalmente, o número de pernoites em todas as acomodações pagas deve superar os níveis de 2023 em 7% e os de 2019 em 16%. No entanto, esses números não refletem necessariamente um crescimento semelhante nas visitas, pois as estadias estão ficando mais longas.
A duração média das estadias para viagens domésticas e internacionais diminuiu na década anterior à pandemia, mas aumentou durante o período de recuperação e permanece acima da média pré-Covid. Na verdade, a duração média das estadias em hotéis em viagens internacionais aumentou 12% em 2024 em comparação a 2019, compensando mais do que a queda de 8% na década anterior.
Várias tendências influenciam esse prolongamento das estadias. Segundo a Travel Trends Survey da Tourism Economics, algumas pessoas estão optando por viagens mais profundas e sustentáveis. Também se observa um crescimento significativo do chamado ‘bleisure’, com viajantes a negócios permanecendo alguns dias extras voltados para o lazer.
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