Viajar pode reduzir os impactos do envelhecimento prematuro, aponta estudo

“O envelhecimento, como um processo, é irreversível. Embora não possa ser interrompido, pode ser desacelerado”, disse a líder do estudo (Divulgação/Tawatchai07/FreePik)

Uma nova pesquisa, publicada pela Science Daily, mostrou que viajar pode ser uma ótima maneira de prevenir o envelhecimento prematuro, pois podem ajudar a aliviar o estresse crônico, reduzir a ativação excessiva do sistema imunológico e até mesmo promover o funcionamento saudável do sistema de autodefesa do corpo.

Pela primeira vez um estudo interdisciplinar aplicou a teoria da entropia ao turismo, descobrindo que viajar pode ter benefícios positivos para a saúde, incluindo desacelerar os sinais de envelhecimento. “Esqueça os cremes noturnos de retinol, pesquisadores da Edith Cowan University (ECU) acreditam que viajar pode ser a melhor maneira de desafiar o envelhecimento prematuro”, apontou a publicação.

Segundo a Science Daily, entropia é classificada como a tendência geral do universo em direção à morte e à desordem. Esta pesquisa em específico sugere que o turismo pode desencadear mudanças de entropia, incluindo experiências positivas de viagem que atenuam a entropia e melhoram a saúde. Por outro lado, experiências negativas podem contribuir para o aumento da entropia e comprometer a saúde.

“O envelhecimento, como um processo, é irreversível. Embora não possa ser interrompido, pode ser desacelerado”, disse a líder do estudo Fangli Hu.

Ela também destacou que experiências positivas de viagem podem potencialmente melhorar o bem-estar físico e mental de uma pessoa por meio da exposição a novos ambientes, envolvimento em atividades físicas e interação social, além de poder promover emoções positivas.

“O turismo não é apenas sobre lazer e recreação. Também pode contribuir para a saúde física e mental das pessoas. Como um aspecto importante do ambiente, experiências positivas de viagem podem ajudar o corpo a sustentar um estado de baixa entropia modulando seus quatro principais sistemas, acrescentou Hu.

O estudo aponta que viajar pode estimular respostas ao estresse e elevar as taxas metabólicas, influenciando positivamente as atividades metabólicas e as capacidades de auto-organização do corpo, e desencadear uma resposta adaptativa do sistema imunológico. “Simplificando, o sistema de autodefesa se torna mais resiliente”, complementou Hu.

Algumas das formas mais saudáveis ​​de viagem incluem atividades físicas como caminhadas, escaladas, caminhadas e ciclismo. “Participar dessas atividades pode melhorar a função imunológica do corpo e as capacidades de autodefesa, reforçando sua resistência a riscos externos”, continuou Hu. “O exercício físico também pode melhorar a circulação sanguínea, agilizar o transporte de nutrientes e auxiliar na eliminação de resíduos para manter coletivamente um sistema de autocura ativo.”

Porém, possíveis contratempos durante a viagem pode fazer com que seu corpo não receba todos os benefícios antienvelhecimento revelados pelo estudo de Hu, como por exemplo, doenças infecciosas, acidentes, ferimentos, violência, problemas de segurança de água e alimentos e preocupações. “Um exemplo proeminente é a crise de saúde pública da Covid-19”. Porém, nada que possa mudar a ideia de que viajar é um dos maiores prazeres do mundo.