
Guilherme Paulus falou sobre o potencial do turismo histórico no Brasil
SÃO PAULO – O Turismo histórico e cultural foi tema da palestra de Guilherme Paulus, fundador da CVC e da rede GJP, nesta Abav Expo 2018. O empresário destacou o potencial pouco explorado deste segmento no mercado brasileiro, fazendo um paralelo a outros países que têm no nicho excelentes resultados de público e impacto econômico como Itália, França e Inglaterra.
“As pessoas viajam por sonho e não por conhecimento. São os destinos que chamam atenção das pessoas com o destaque dos locais históricos e culturais. A cultura brasileira não é voltada a história”, destacou Paulus.
O executivo usou acontecimentos como o incêndio do museu nacional e o desabamento do prédio no centro de São Paulo para exemplificar a falta de apelo turístico por este segmento. “Muita gente passou a conhecer o Museu Nacional somente após o incêndio. O prédio que desabou no Centro foi o primeiro prédio espelhado do Brasil. O Museu do Ipiranga é outro exemplo fechado há muito tempo e só deve reabrir em 2022” citou.
O fundador da CVC ainda enumerou o potencial turístico do segmento histórico, comparando com o do restante do mundo. “O Brasil tem uma potencial cultural fantástica com 83 sítios tombados pelo Iphan e 25 mil sítios arqueológicos. Tudo isso é desconhecido pelos turistas. Eu com 40 anos de turismo desconhecia alguma dessas informações”, salientou.
Outro ponto importante abordado foi a importância da participação da iniciativa privada neste processo de revitalização do elementos culturais e históricos. Ele citou como exemplo o Wish Hotel da Bahia, que restaurou obras do pintor Carybé, que hoje ilustram as paredes do empreendimento.