São Paulo é considerada uma das principais cidades gay friendly da América Latina. A capital possui diversos estabelecimentos direcionados ou que recebem o público GLBT e está próxima da realização de mais uma Parada do Orgulho GLBT, que acontece no dia 7 de junho, na Avenida Paulista.
A programação conta com uma agenda paralela de Ciclo de Debates, Ciclo de Leituras Dramáticas, Feira Cultural GLBT e Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, que movimenta a cidade e atrai público do Brasil e do Mundo. Nesta ano, a Parada tem como tema “Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim: respeitem-me!”. Segundo a organização, é esperada a presença de 3 milhões de pessoas.
“São Paulo é diversificada e precisa estar preparada para todo tipo de visitante. Sabe-se que o público GLBT possui um perfil diferente, mesmo que, muitas vezes, invisível aos olhos. É um público que investe em viagens e lazer, prioriza a qualidade e gasta mais com bens de consumo. É preciso ter sensibilidade e treinamento constante para a cidade ser hospitaleira com todos os visitantes”, explicou Toni Sando, Presidente Executivo do SPCVB.
Próximo da realização da Parada Gay, o São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB), por meio da Academia Visite São Paulo, oferece gratuitamente a seus associados o módulo “Sensibilizando para a Diversidade”, no próximo dia 2 de junho, às 15h, no Hotel Feller Avenida Paulista.
Para a ABRAT GLS (Associação Brasileira de Turismo GLS), os turistas GLBT movimentam R$150 bilhões por ano no país. “O público GLBT valoriza o atendimento, muitas vezes, mais do que o próprio preço de um produto ou serviço. As escolhas, como qual restaurante ir ou em qual hotel se hospedar, são feitas a partir do atendimento”, conta Franco Reinaudo, palestrante, fundador e ex-Presidente da ABRAT GLS.
Recentemente, a Embratur divulgou São Paulo, juntamente com Recife e Florianópolis, como destinos turísticos GLBT durante a convenção anual do International Gay and Lesbian Tourism Association (IGLTA), realizado em abril, em Los Angeles, EUA. De acordo com a entidade, o mercado de viagens desse segmento movimenta US$ 54 bilhões por ano.
Ainda de acordo com o relatório “Segmento GLS Paulista”, do Observatório, há 78 estabelecimentos, 18 bares, 18 saunas, 26 casas noturnas, 11 restaurantes e 7 festas mensais direcionadas ou que estão preparadas para receber o público GLBT. Na Parada Gay realizada no ano deste levantamento, a movimentação econômica foi de R$60 milhões.