Países da Europa Central fazem ação conjunta no Brasil

O Quarteto Europeu, formado por Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia, realizou nesta quarta-feira (21) uma coletiva de imprensa com a intenção de divulgar os destinos ao mercado brasileiro. Os quatro países se uniram na divulgação em prol turismo em 2010 e este é o terceiro ano que estão fazendo ações no Brasil.  Inclusive estarão participando do 37ª Encontro Comercial Braztoa que acontece, em São Paulo, nos dias 22 e 23 de março.

 A gerente de vendas do Turismo da Eslováquia, Adriana Behunova conta que as ações para a divulgação do país serão feitas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Para o público brasileiro a Eslováquia aposta no turismo de inverno e nas hospedagens em castelos medievais. “O nosso forte são pistas de ski em nossas diversas montanhas, além da parte cultural e histórica. A maior parte dos nossos hotéis ficam em montanhas e também temos a opção de hospedagem em belos castelos. Temos mais de 100 castelos em todo país”, diz.

Atualmente o número de brasileiros visitando o país chega a 3% e a expectativa é que até 2013 tenham ao menos 5%. Em 2013 a Eslováquia será Capital Europeia da Cultura e, junto com o título trará grandes eventos que incrementarão o turismo no país. “Teremos festivais de música, de dança, faremos maratonas e vários eventos ligados a esportes”, comenta Adriana.

A Hungria, por sua vez, aposta em ações promocionais que começaram em 2011 e estão organizando uma presstrip prevista para o final deste ano com jornalistas brasileiros. “Depois do sucesso com o carnaval, estamos confiantes que o número de brasileiros visitando o país irá crescer. Realizaremos promoções no Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e São Paulo e, nossa principal divulgação são nossos ótimos spas, centros de águas termais e  montanhas”, ressalta Krisztina Bacsa, gerente de marketing da Agência Nacional de Turismo da Hungria.

A intenção do país é divulgar o turismo em cidades menores, além da capital Budapeste. “Fechamos o Quarteto Europeu por que é muito conveniente promover estes quatro destinos que tem muitas coisas em comum. A maioria dos brasileiros que visitam a Hungria vão direto para Budapeste e queremos divulgar também outras cidades do nosso país”, diz Krisztina.

Para a Polônia o maior diferencial turístico é o contraste entre as cidades que variam entre o antigo e o moderno. Segundo, Anna Cichónska, diretora da Organização de Turismo da Polônia o país tem interesse em focar nos diferentes castelos, apostar em casas noturnas e shoppings das principais cidades. “Sabemos que os brasileiros adoram comprar e acho que a Polônia tem muitas opções de shoppings. Atualmente recebemos cerca de dez  mil turistas e esperamos que este número aumente com a divulgação”, afirma.  

Dos quatro países, a República Tcheca é o único que tem um representante no Brasil e, com todas as promoções realizadas desde 2006, o número de brasileiros visitando o país aumentou 20%. “A cidade que mais recebe turistas brasileiros é a nossa capital, Praga. Além da cultura, o brasileiro tem interesse em compras, gastronomia e nas nossas famosas cervejas. Em 2006, tivemos 13 mil brasileiros visitando o país e ano passado chegamos a quase 50 mil”, explica  Petr Lutter, diretor da Oficina de Turismo da República Tcheca.

Para Luiz Fernando Destro, representantes da República Tcheca no Brasil e presidente da Comissão Europeia de Turismo, a divulgação dos quatros países é interessante em razão da posição geográfica e da cultura que tem muitos valores comuns. “Todo o mercado turístico do quarteto se beneficia com uma divulgação conjunta e os brasileiros também poderão visitar todos os países quando forem ao leste europeu”, conta.
 
Para este ano o destino espera crescer 15% em relação a 2011 com a promoção “20 anos, 12 lugares”. A República Tcheca celebra o vigésimo aniversário da inscrição dos seus primeiros monumentos na lista do Patrimônio Mundial da Unesco. “Estamos apostando na promoção dos nossos 12 patrimônios tombados que incluem centros históricos, monumentos religiosos e até arquitetura moderna do século XX”, finaliza Lutter.  

Ana Elisa Teixeira