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Em tempos de Overtourism e crescimento da classe média, Brasil tem futuro promissor na atração de turistas estrangeiros

Despesas com turismo internacional no Brasil devem registrar aumento de 9,5% em relação a 2019, projeta WTTC

Julia Simpson, Presidente e CEO da WTTC falou sobre oportunidade para o Brasil na atração de turistas internacionais

Durante uma recente passagem pela capital paulista, Julia Simpson, presidente e CEO do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), apresentou dados reveladores sobre o potencial do turismo no Brasil e na América Latina. Ao M&E, a líder destacou que, com o crescimento da classe média e o aumento do interesse global por viagens, o Brasil se encontra em uma posição privilegiada para atrair mais turistas internacionais.

Durante uma apresentação ministrada por Julia, foi desmembrado o relatório anual do WTTC, que mostra um panorama promissor para o setor turístico na região nos próximos dez anos. Segundo os dados, o turismo é uma das principais forças motrizes da economia, contribuindo significativamente para o PIB e a geração de empregos – e os números do Brasil são positivos, mas um pouco tímidos. Isso porque, Julia acredita que há muito mais a se conquistar e oportunidades não faltam.

Recentemente, muitos países tem sofrido com o overtourism (turismo em massa) e tem adotado medidas restritivas para ‘barrar’ turistas, como a implantação de taxas turísticas, regulação de horário, etc. O Brasil, por outro lado, está longe de sofrer com este problema e este momento pode ser oportuno para atrair cada vez mais turistas estrangeiros. Basta colocar a pauta como prioridade e trabalhar em uma promoção massiva no exterior, acredita Julia.

A CEO do WTTC também apontou que o Brasil possui uma riqueza cultural e natural imensa, tornando-se um destino atraente para uma população global em crescimento que busca novas experiências. “Com a ascensão da classe média, mais pessoas estão ansiosas para explorar o mundo. Esta é uma oportunidade inigualável para o Brasil se destacar no cenário turístico internacional”, afirmou.

O potencial do Brasil para capturar uma fatia maior do turismo internacional é evidente. Com uma abordagem estratégica e sustentável, o país pode não apenas aumentar o número de visitantes, mas também garantir que essa interação seja benéfica para todos os envolvidos.

Julia Simpson mencionou a experiência da Europa, especialmente a Espanha, onde cerca de 15% a 16% da economia é baseada no turismo, mas o país tem sofrido para conciliar as vontades dos turistas com as de seus moradores. “Os espanhóis reconhecem a importância do turismo, mas é crucial ter uma gestão eficiente dos destinos, ou isso implicará em problemas de turismo em massa. Em locais como Dubrovnik, na Croácia, os fluxos de visitantes são controlados, permitindo que tanto os turistas quanto os locais desfrutem da cidade sem conflitos. Isso é uma maneira de ‘driblar’ os problemas do overtourism. O Brasil é um país gigante, se trabalhado corretamente, não deve sofrer deste problema e pode se tornar uma grande potência”, explicou.

O desafio do Brasil agora é adotar as melhores práticas de gestão de destinos e aproveitar o crescimento da classe média global, investindo em promoção internacional e divulgação dos destinos e atrativos do país. “O futuro do turismo no Brasil é brilhante, e as oportunidades são imensas”, finalizou Julia.

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