
Somente em 2023, 1,6 milhões de turistas passaram pela cidade através de escalas em cruzeiros (Ana Azevedo/M&E)
O jornal espanhol Hosteltur revelou, nesta semana, que em pouco tempo, as taxas ambientais cobradas a cruzeiristas de curta duração em Barcelona devem sofrer “um aumento substancial”. Atualmente o valor é de quatro euros por passageiro que desembarque na cidade e permaneça até 12 horas no local.
De acordo com o jornal, o presidente da Catalunha, Salvador Illa, e Jaume Collboni, autarca da capital catalã, eliminarão o limite da sobretaxa municipal turística para passageiros de cruzeiros de curta duração. A justificativa para a ação é “uma tributação mais elevada ajudará a controlar a procura de cruzeiros com escalas de duração inferior a 12 horas, que são aqueles que fazem uso mais intensivo da cidade e criam mais tensões nos espaços públicos”, afirma Jaume Collboni, autarca de Barcelona.
Além desta taxa, é notável que o debate se estende para outras tributações turísticas a fim de controlar ainda mais o setor na região de Barcelona, que nos últimos tempos vem sofrendo com as consequências desse mercado exacerbado. Collboni explica que a intenção do aumento de taxas é evitar que os números de visitantes na cidade cresçam cada vez mais, pois a atual quantidade “não é aceitável”.
Somente em 2023, Barcelona recebeu 1,6 milhões de visitantes através de cruzeiros, e a tendência para 2024 é que este valor cresça, já que, só nos primeiros seis meses deste ano, Barcelona contabilizou 323 escalas de navios de cruzeiro em seu porto, sendo 83% deles com a cidade como base, 4% a mais que o ano anterior.